campanha

19/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

O gado boliviano na região de fronteira com a Rondônia está sendo vacinado contra a febre Aftosa. Os técnicos e as vacinas foram cedidos pelo Brasil. A intenção é criar uma barreira que impeça a chegada de focos da doença ao país.

O rio Mamoré marca a fronteira entre Rondônia e Guayaramerin, na Bolívia. Os técnicos e fiscais da Idaron, Agência de Defesa Sanitária do Estado, trabalham na assistência à vacinação contra a Aftosa no gado boliviano em 1440 quilômetros entre Pimenteiras e Nova Mamoré.

Os servidores da Idaron tem o apoio de três barcos batizados de Quero Quero, que navegam ao longo dos rios Mamoré Guaporé. O lugar acaba sendo a casa dos técnicos durante o tempo de trabalho. Em braços de rios e rios mais estreitos, de difícil acesso para as embarcações grandes, são usadas as chamadas voadeiras.

A equipe leva as doses em caixinhas de isopor para a propriedade no meio da floresta boliviana. Em um dos trechos da trilha estreita foi preciso cruzar um lago com o barquinho a remo. Depois, foi percorrido mais um grande trecho de campo.

A propriedade do criador Durval Jimenez tem 150 cabeças de gado para serem imunizadas. A falta de brete, local onde o gado é colocado para vacinar, dificulta o serviço. Touros, bezerros e vacas são literalmente pegos no laço. Muitos animais precisam ser derrubados no chão para que o técnico aplique a dose contra a Aftosa. Este é o quinto ano que o gado da fazenda recebe a vacina. Para ele, significa um grande apoio para evitar a doença.

A campanha de vacinação brasileira na Bolívia começou em 2006 envolvendo 110 propriedades e vacinou cerca de 2,7 mil animais. Para este ano já são 335 propriedades e a meta é imunizar 36 mil cabeças.

A vacinação não tem custo para os produtores rurais. O Ministério da Agricultura brasileiro disponibilizou 38 mil dozes. As equipes adentram até 100 quilômetros em território boliviano. É o chamado cordão sanitário imunológico.

"As notícias desta seção são informações de interesse da Medicina Veterinária e Zootecnia que foram divulgadas na mídia. O CFMV não se responsabiliza pelas publicações."