Bem Estar Animal
08/02/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:28am
Além das perdas econômicas com a exportação de gado – da ordem de 14% a 27% quando comparada com a exportação de carne congelada/resfriada, couro e subprodutos –, existem diversos outros fatores que devem ser levados em conta.
Exportar gado em pé também causa sofrimento animal, alta taxa de mortalidade do gado, lesões, diminuição da oferta doméstica e redução da qualidade da carne, além da redução do valor agregado, da arrecadação tributária e dos empregos no Brasil.
Apesar disso, recentemente houve uma alta nas exportações de bovinos, o que retarda ainda mais a entrada do Brasil na categoria de país exportador sustentável.
No mercado internacional, o preço médio da carne congelada é duas vezes maior do que o preço médio do quilograma do bovino vivo.
Não há justificativa para animais serem transportados por longas distâncias, por terra e por mar, em jornadas de três semanas ou mais e em situações precárias, que comprometem profundamente seu bem-estar.
Para Ingrid Eder, Gerente de Campanhas da WSPA – Sociedade Mundial de Proteção Animal, organização que solicitou o levantamento econômico em questão, as soluções são simples e viáveis:
É preciso substituir a exportação de animais pela exportação de carne, couro e subprodutos; criar legislação que estabeleça o tempo máximo de transporte dos animais; e abater os animais o mais próximo possível do local onde eles foram criados.
Todo esse processo pode ser feito num período de apenas 3 anos, evitando perdas econômicas e sofrimento animal, e gerando milhares de empregos.
Fonte: WSPA