Balanço CFMV: o trabalho da Comissão Nacional de Especialidades Emergentes em 2017
05/12/2017 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am
Por Flávia Lôbo
Desde da sua criação em 2015, a Comissão Nacional de Especialidades Emergentes (CNEE) do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) tem atuado na identificação de áreas e especialidades emergentes da Medicina Veterinária e Zootecnia e na proposição de projetos e iniciativas relativas a elas.
Foram várias as realizações da Comissão em 2017, dentre elas a normatização da Responsabilidade Técnica (RT) nas especialidades emergentes; elaboração de artigos na revista do CFMV; assessoramento à autarquia em assuntos pertinentes à Comissão; e a realização do I Simpósio Brasileiro de Especialidades Emergentes, dias 23 e 24 de outubro, em Fortaleza (CE).
“Este ano, alcançamos os objetivos pretendidos, inclusive superando as metas estipuladas. A comissão atuou na valorização e disseminação do conhecimento e atuação do médico veterinário e do zootecnista nas áreas de ciências de animais de laboratório, apicultura, aquicultura e medicina veterinária legal”, relata o médico veterinário Carlos Muller, presidente da CNEE/CFMV.
Para exemplificar o resultado dos trabalhos, Muller cita a construção de duas resoluções: RT nas áreas de Animais de Laboratório (1178/2017) e Cultivo e Manutenção de Organismos Aquáticos (1165/2017). Uma outra proposta de resolução para a área de Apicultura foi construída e submetida para aprovação. Muller também registra a elaboração de manuais para orientação dos profissionais, ainda em fase de validação, e o sucesso do Primeiro Simpósio.
O evento teve como tema “Áreas Emergentes: Ensino e Mercado de Trabalho”. Durante o I Simpósio, médicos veterinários, zootecnistas, estudantes, professores e coordenadores puderam debater amplamente a questão. A programação contou também com participação de renomados palestrantes de diversos lugares do país que abordaram diferentes assuntos da área.
Ao final, conseguiu-se promover a atualização do profissional e despertar o interesse dos estudantes para os temas emergentes. O presidente da CNEE apresentou aos participantes o resultado de um levantamento feito pela Comissão sobre o ensino das especialidades emergentes nos cursos de Medicina Veterinária do país.
Segundo Muller, o estudo da Comissão relata que egressos dos cursos de Medicina Veterinária no Brasil, no que tange especialidades emergentes, não estão plenamente capacitados para o mercado de trabalho, pois os conteúdos oferecidos são deficitários e sem padrão, com cargas horárias reduzidas e professores nem sempre habilitados. “Este cenário favorece a outros profissionais a ocupação destes setores, sem a qualificação devida, o que compromete a produção e sanidade animal”, diz o presidente.
O trabalho da comissão foi reforçado com a atuação de três grupos de trabalho criados durante esta gestão: GT Biotérios, GT Apicultura e GT Aquicultura.
Sobre a CNEE/CFMV
A Comissão Nacional de Especialidades Emergentes do CFMV é formada pelos médicos veterinários Carlos Muller (presidente da comissão), Walter Miguel e Agar Perez.
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Assessoria de Comunicação do CFMV