Balanço CFMV: o trabalho da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária em 2016

23/12/2016 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:46am

Por Roberta Machado

A Comissão Nacional de Educação em Medicina Veterinária (CNEMV/CFMV) encerra 2016 com uma lista de realizações de grande importância para o ensino da Medicina Veterinária no Brasil. Além de medidas que visam o aperfeiçoamento dos cursos de graduação, o grupo também desenvolveu iniciativas para melhorar o processo avaliação da qualidade do ensino oferecido pelas faculdades aos futuros profissionais.

Entre os projetos promovidos pelo grupo está a atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Medicina Veterinária. O documento que atualmente define os fundamentos, princípios e procedimentos da formação dos médicos veterinários brasileiros é de 2003, e não contempla alguns conceitos que ganharam mais relevância para a Medicina Veterinária nos últimos anos, como alguns aspectos que envolvem e definem o bem-estar animal.

A revisão das diretrizes foi realizada em conjunto com as demais comissões do CFMV e com as comissões de ensino dos conselhos regionais (CRMVs), e também considerou contribuições de coordenadores de cursos de Medicina Veterinária, apresentadas por meio de uma consulta pública e de discussões realizadas no XXII Seminário Nacional da Educação em Medicina Veterinária, em 2015. Depois de aprovadas pela plenária do CFMV, as sugestões da CNEMV para as diretrizes serão encaminhadas ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

A comissão criou, ainda, um guia para orientar as comissões do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) na avaliação dos cursos de Medicina Veterinária. O documento estabelece padrões de qualidade a serem observados nos processos de autorização e reconhecimento dos cursos pelo Ministério da Educação (MEC), e foi construído em parceria com o INEP.

“O sistema oficial de avaliação não está conseguindo discriminar com precisão a qualidade do ensino”, ressalta Antônio Felipe Wouk, presidente da CNEMV. “Em grande parte isso acontece porque os avaliadores desse processo não têm olhos e ouvidos bem treinados para detectar essa qualidade. Então esse documento, que norteia esses avaliadores, busca trazer qualidade para a avaliação oficial”, explica Wouk.

Acreditação

Além de colaborar com o processo oficial de avaliação do ensino da Medicina Veterinária, a CNEMV também desenvolveu um novo instrumento de Acreditação dos cursos de graduação, que será conduzido pelo próprio CFMV. “A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) apontou que a qualidade do ensino da Medicina Veterinária no Brasil é problemática, e sugeriu que o CFMV empreendesse alguma ação que promovesse a qualidade do ensino médico-veterinário no país”, conta Antônio Felipe Wouk.

A novidade que será divulgada em 2017 permitirá que os cursos recebam a chancela de qualidade emitida pelo CFMV. Assim como ocorre com a Acreditação dos Programas de Residência e Aperfeiçoamento Profissional, lançada em novembro, o selo de qualidade para os cursos de graduação também será de caráter voluntário, e será concedido para as instituições de ensino superior que cumprirem os requisitos determinados pelo CFMV, de forma complementar ao reconhecimento oficial do MEC.

Atividades

Ao longo de 2016, a Comissão de Educação se reuniu na sede do CFMV em cinco ocasiões, além de participar de diversos eventos nacionais e internacionais. O médico veterinário Antônio Felipe Wouk, presidente da comissão, representou o CFMV na Conferência Anual da Associação das Faculdades Americanas de Medicina Veterinária, realizada em março em Washington (EUA), e na Conferência Global em Educação Veterinária, promovida em agosto pela OIE em Bangcoc, na Tailândia.

A CNEMV participou, ainda, do Simpósio de Métodos Alternativos ao Uso de Animais no Ensino, promovido pelo Concea em agosto, e do I fórum das Comissões de Animais Selvagens, oferecido pelo CFMV em abril.

Sobre a CNEMV/CFMV

A Comissão Nacional de Educação em Medicina Veterinária é composta pelos médicos veterinários Antônio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk (presidente da comissão), Marcelo Diniz dos Santos, Rogério Magno do Vale Barroso, Marcelo Hauaji de Sá Pacheco, Rafael Mondadori  e João Carlos Pereira da Silva.

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