Avícola

12/07/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am

Projeções para 2021 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (que congrega países ricos e é mais conhecida pela sigla OCDE) indicam que no início da próxima década a produção mundial de carne avícola continuará sendo liderada pelos três maiores produtores atuais – EUA, China e Brasil. Mas também indicam que por volta de 2016-2017 a produção chinesa estará ultrapassando a norte-americana. O que, convenhamos, não chega a surpreender, já que a China possui (hoje) uma população mais de quatro vezes maior que a dos EUA.

O Brasil manterá a terceira posição. O que não chega a ser nenhum demérito se analisada a produção dos três países a partir de 1984, ano em que a OCDE passou a incluir a China em suas estatísticas. Assim, o que está previsto é que entre aquele exercício e 2021 (38 anos) a produção brasileira deverá aumentar ao redor de 1.080%, índice de incremento ligeiramente menor que o previsto para a China – 1.150%.

Mas nos dois casos a expansão será muito mais significativa que a dos EUA, cuja produção nesse período deve crescer não mais que 200%.

Naturalmente, como hoje os tempos “são outros”, a expansão de produção dos três países estará muito mais próxima. E o previsto pela OCDE é que o volume norte-americano cresça 16%, o brasileiro 22% e o chinês 34%.

Mas, apenas para demonstrar a expressividade do avanço da avicultura no Brasil em relação à produção dos EUA, talvez seja oportuno acrescentar que, em meio século (1971/2021), para um crescimento inferior a 400% da avicultura norte-americana, a avicultura brasileira poderá ter uma expansão ora estimada em 7.242%. Ou seja: o volume norte-americano, de 4,666 milhões/t em 1970, pode chegar a 22,476 milhões/t em 2021. Já a produção brasileira, de 224 mil/t em 1970, pode somar 16,446 milhões/t no inicio da próxima década.

Detalhe: embora a produção de carne avícola brasileira (que inclui não só a carne de frango) estimada para 2021 aparente ser elevada, corresponde a um aumento médio de 2% ao ano em relação a 2011. Ou seja: não vai muito além do crescimento vegetativo da população e é um bom motivo de ponderação para quem ainda imagina que se possa continuar repetindo aqueles aumentos magistrais de décadas passadas.