Apreensão

01/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Uma operação comandada pelo Ministério Público e realizada em parceria com a Polícia Ambiental, Ministério da Agricultura, Vigilância Sanitária e Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), identificou e determinou a paralisação das atividades de um Abatedouro clandestino na área rural de Jaraguá do Sul. A ação ocorreu no início da manhã de ontem, na localidade de Garibaldi.

No local, havia equipamentos sujos e enferrujados para o abate de bovinos e Suínos sujos, além de cabeças de gado para abate sem registro da Cidasc. Dentro de um freezer, foram encontrados cerca de 200 quilos de carne de porco armazenados em temperatura abaixo do adequado. Ninguém foi flagrado realizando o abate no local durante a operação.

Segundo a Polícia Ambiental de Joinville, o abate de animais para consumo próprio ou para venda precisa de licença da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), pois é uma atividade considerada potencialmente poluidora.

O dono do local, um produtor rural que mora com a família no mesmo terreno, negou o abate de animais para a venda. "É para consumo próprio. Não sabia que precisava licença", alegou. Mesmo assim, a Cidasc de Joinville deve estabelecer hoje o valor da multa que poderá ser aplicada ao produtor rural. O dono da propriedade tem 30 dias para apresentar defesa à Secretaria de Estado de Agricultura. Ele também pode responder por crime ambiental.

A mesma operação já resultou na apreensão de 6,8 toneladas de carnes, frios e laticínios apenas nesta semana na cidade. Até ontem, além do Abatedouro, dois supermercados também haviam sido autuados por irregularidades na refrigeração, armazenagem, validade e procedência dos alimentos, que podem oferecer risco à saúde. Os produtos foram levados ao aterro sanitário de Mafra.

No primeiro supermercado, visitado pela equipe na terça-feira, foram apreendidas 5,1 toneladas de carnes, frios e laticínios. A maior parte dos produtos era de leites, iogurtes, queijos e presuntos que estavam em gôndolas com refrigeração inadequada. Também foi constatado que parte da carne estava sem informações sobre a procedência e com prazo de validade vencido.

No segundo estabelecimento, visitado na quarta-feira, 1,5 tonelada de produtos foi recolhida. Segundo o Ministério da Agricultura, parte da carne estava armazenada fora das normas e sem informações sobre a procedência. Além disso, algumas gôndolas de laticínios e frios estavam com refrigeração inadequada. Uma área utilizada para a produção de linguiça e bacon não tinha licença para funcionar e foi interditada.