Animais

05/01/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:01am

O verão começou e o calor chegou com tudo. Não só os humanos mas também os animais sofrem com as altas temperaturas, principalmente cães e gatos, que com tantos pelos podem ter problemas sérios de saúde. O médico veterinário Vinícius Fernando Pires da Rocha, de Londrina, explica que os cães sofrem mais por causa da desatenção do dono. ”Se ele tiver a opção vai procurar um lugar mais fresco, água fresca. Assim se mantém hidratado e previne várias doenças”, ressalta.

Uma doença bem comum, segundo ele, é a cistite, que ocorre quando o animal toma pouca água e urina menos. Outra causa é quando o animal fica retendo urina, geralmente porque é condicionado pelo dono a só urinar durante os passeios. Para estimular a hidratação vale oferecer além de água fresca, água de coco, soro e até repositores eletrolíticos, como os usados por esportistas.

Segundo o veterinário, os cães não suam, que é uma forma de refrigerar o corpo. Neles isso é feito através da língua e por entre os coxins das patas, as ”almofadinhas”. Os sinais de que um animal que está com aumento de temperatura são frequência respiratória maior e o cão ofegante, de língua de fora.

A hipertermia pode ser muito grave e até fatal. Para resfriar o cão, Rocha alerta que não se pode simplesmente dar um banho gelado. ”Tem que resfriar as patas e a barriga com panos úmidos para evitar o choque térmico. Um pano com álcool na barriga também ajuda, o álcool evapora e abaixa a temperatura”, ensina. Para não ter problemas, o ideal é não passear com os pets durante o sol quente, evitar passeios longos com animais despreparados ou idosos. O melhor é passear nos horários mais frescos.

Outro problema que os animais enfrentam no tempo quente é a proliferação de pulgas e carrapatos no ambiente. Fazer o controle desses ectoparasitas evita que o animal contraia doenças graves, como a erliqiose, popularmente chamada de doença do carrapato.

Apesar do calor, os banhos devem ser dados no mínimo a cada 15 dias. ”Não é sadio para o animal tomar tantos banhos. Tira a proteção natural da pele e facilita a proliferação de bactérias e fungos, além de eliminar também as medicações contra pulgas e carrapatos. Quem quiser banhar o animal em casa deve deixar a água em temperatura morna, já que eles sentem mais frio do que nós”, explica, recomendando também que o animal tenha os pelos bem secos após o banho.

As tosas ajudam a baixar a temperatura do animal, facilitam observar a infestação por pulgas e carrapatos e evitam que os pelos fiquem úmidos. ”Mesmo cães que não são padrões de tosa podem fazer uma tosa especial para o verão.”