Amazonas

04/02/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am

Caracterizado pelas fortes chuvas, o ‘inverno amazônico’ é sinônimo de preocupação e cuidados especiais com a saúde. O vírus da gripe Influenza A (mais conhecido como H1N1), que teve monitoramento intensificado após a morte de uma mulher no município de Borba, a 150 km de Manaus, em março de 2012, ganhou vigilância contínua em duas unidades da capital com a chegada do período chuvoso, segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), Bernardino Albuquerque.

Ao G1, Albuquerque destacou que, como já existe a possibilidade de fazer os exames para detectar o H1N1 em Manaus, o monitoramento da doença facilitou. "Temos o acompanhamento contínuo nos nossos dois hospitais-sentinela e estendemos para as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) da capital. Se, por exemplo, um paciente na UTI do (Hospital) Santa Júlia precisa do exame laboratorial, podemos ser acionados para coletar o material", explicou.

Segundo o diretor-presidente da FVS, o período de chuvas sinaliza a necessidade de alertar os manauenses para o aparecimento da Influenza. "É uma época com maior ocorrência de doenças respiratórias agudas. Além da temperatura, há uma aglomeração intensa de pessoas", acrescentou.
Durante todo o ano, a FVS ainda faz o monitoramento da síndrome gripal. "O objetivo é ver quais são os vírus circulantes para a definição de vacinas para o ano seguinte", afirmou Albuquerque.

O diretor da FVS apontou ainda que em 2012 foram registrados cinco casos de H1N1 no Amazonas, com um óbito em Borba. No ano anterior, não houve mortes. Em 2010, 12 pessoas morreram, enquanto 2009 teve 24 falecimentos em decorrência do vírus.