AGRO

26/10/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Agências

A balança comercial do agronegócio registrou um superávit de US$ 59,2 bilhões entre janeiro e setembro deste ano. Segundo a CNA, o valor acumulado já corresponde a um acréscimo de 2% em relação ao mesmo período de 2011

No acumulado até setembro, o volume exportado de produtos do agronegócio alcançou a cifra de US$ 71,2 bilhões, com um aumento de 0,5%, na comparação com os primeiros nove meses do ano passado. Com isso, a participação do agronegócio na balança comercial brasileira subiu de 37,3%, em 2011, para 39,5%, este ano.

Segundo a CNA, o resultado positivo é consequência do aumento dos embarques dos produtos, com destaque para o milho. A segunda safra do cereal colhida este ano foi recorde.

"A maior disponibilidade do produto no mercado interno favoreceu o crescimento das exportações que, em setembro, chegaram a 3,1 milhões de toneladas, valor 90,8% superior ao exportado no mesmo mês de 2011", diz o estudo da CNA.

As receitas acumuladas com a exportação do milho até setembro totalizaram US$ 2,4 bilhões, sendo superiores em 46,3% ao montante exportado registrado no mesmo período no ano passado.

As receitas com as vendas externas de soja também contribuíram para o saldo positivo da balança do agronegócio. Entre janeiro e setembro, foram exportados US$ 23,2 bilhões, o que representa um crescimento de 15,8% em relação aos primeiros nove meses de 2011.

A CNA destaca, no entanto, que a comercialização acelerada da oleaginosa nos últimos meses reduziu a oferta do produto para novas negociações. Em setembro, os embarques brasileiros de soja, calculados em 2,9 milhões de toneladas, foram reduzidos em 30,7%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

A China foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, acumulando até setembro a cifra de US$ 15,9 bilhões, que corresponde a um ganho de 18,9%, se comparado ao mesmo período de 2011. Em setembro deste ano, os embarques para o mercado chinês corresponderam ao total de US$ 1,21 bilhão.

Este valor, no entanto, representa uma queda de 37,7% em relação ao mesmo mês de 2011. Esse resultado é considerado atípico e fez com que a participação da China como destino dos produtos do agronegócio caísse 7%.

A diversificação dos mercados consumidores dos produtos do agronegócio brasileiro ajudou a compensar a queda das transações comerciais com países onde o Brasil já possui uma posição consolidada. O fluxo de exportações para países árabes, por exemplo, cresceu 1.024% entre os anos de 2000 e 2011, diz a CNA.