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19/08/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:25am

Prevenir doenças,  proporcionar condições de trabalho saudáveis aos cavalos e conscientizar as pessoas no trato com os animais é o foco do projeto Carroceiro, criado há seis anos pelo curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Moura Lacerda.

Desenvolvido no campus da instituição, ele visa atender à realidade da comunidade local, que concentra muitos carroceiros. "A maioria são pessoas com recursos limitados, quase sempre impossibilitadas de receber informações básicas e de custear gastos com a saúde do animal", diz Lúcia Sobreira, 44, coordenadora do curso.

O atendimento clínico é gratuito e não precisa ser agendado. "O animal é recebido pelo veterinário de plantão, todas as manhãs."

Somente em procedimentos complexos ou internação prolongada é cobrada uma taxa de custo. São quatro atendimentos na semana, que poderiam ser mais.
"O receio dos carroceiros, que temem perder o animal, e a falta de orientação são obstáculos", diz o enfermeiro Ronaldo de Souza.

O cavalo Guarani está internado no hospital devido a um tumor maligno. Ele trabalhou 15 anos na carroça de Arlindo Fernandes, 78. "Se não fosse o projeto, não teria como cuidar dele", conta o filho Agnaldo, que pagou R$ 1 mil, cerca de 1/5 do valor do tratamento.

"No projeto, o carroceiro encontra suporte para cuidar de sua fonte de renda. Isso permite uma mudança de comportamento, pois muitos não têm noção dos cuidados com o animal", fala o veterinário Pedro Costa.