IES apresentam resultados e relatam experiências do Projeto Estratégias de Ensino-aprendizagem

04/06/2017 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:45am

Por Carolina Menkes

O I Encontro das IES do Projeto Estratégias de Ensino-aprendizagem do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que aconteceu neste domingo (4), em Brasília (DF), trouxe experiências das 11 Instituições de Ensino Superior (IES) que já finalizaram o projeto em seus cursos. Todas elas conseguiram superar as metas estabelecidas para o projeto, tanto na avaliação dos alunos, quanto dos professores.

O grupo que finalizou o projeto é formado pela Universidade de Cuiabá (Unic); Universidade do Oeste Paulista (Unoeste); Centro Universitário Filadélfia (Unifil); União de Ensino Superior de Viçosa (Univiçosa); Universidade Católica Dom Bosco (UCDB); Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó); Universidade de Marília (Unimar); Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas); Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (Unipinhal); Universidade Luterana do Brasil (Ulbra); e Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam).

Resultados

A Unic foi a pioneira do projeto, ainda em 2013. "Nesse período os alunos também construíram, a criatividade imperou e a eficiência do ensino aumentou bastante. Aplicar as metodologias ativas deve ser rotina na formação do médico veterinário", acredita o coordenador de Medicina Veterinária da instituição, Lázaro Manoel de Camargo.

Na Ulbra, em Canoas (RS), a coordenadora Cristine Fischer ressaltou que as metodologias geraram maior interação entre os alunos e aumentaram a autoestima de muitos, estimulando o estudo. “Também nos ressignificamos enquanto educadores, pois na maioria das vezes somos técnicos colocados em sala de aula e, com o tempo, vemos que somos gestores”.

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Cristine Fischer. Foto: Ascom/CFMV

A busca por um novo perfil de educador e a importância da capacitação para formar um profissional mais ético e humano foram destacados por Maria Cristina Resck, coordenadora de Medicina Veterinária da Unifenas. "Este é um projeto que permite refletir a ação do educador, a coragem para agir e a flexibilidade para ensinar e aprender. É um caminho sem volta", acredita.

Na Unimar, o coordenador Fábio Manhoso diz que o projeto tem mostrado aos alunos que todos devem trabalhar seus potenciais. “Queremos mostrar e fazer com que o aluno enxergue esse potencial e que todos são importantes dentro daquilo que estão buscando”, afirmou.

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Fábio Manhoso. Foto: Ascom/CFMV

Na Unipinhal, a coordenadora Georgiana Aires lembra que o início não foi fácil e teve resistência dos estudantes. Mas hoje, o projeto é um sucesso na instituição. Em 2016, já havia sido implantado em todas as disciplinas do curso e inserido no projeto pedagógico. “Os estudantes se tornam críticos e nos surpreendem com sua capacidade de aprender. Somos mediadores no processo de obtenção de profissionais e queremos ter a certeza de que contribuímos para sua formação”, finaliza Aires.

Na Univiçosa a professora Ludmila Souza destacou o aumento da consciência dos alunos sobre o que é ser um profissional graças ao projeto. “Estamos sempre nos questionando: esse é realmente o caminho? Podemos melhorar?”, conta.

Na Unoeste o professor Luis Reis ressalta que as metodologias ativas são um caminho importante, em conjunto com a integração das disciplinas. "As metodologias ativas inovam e motivam a formação de um profissional competente para pensar a saúde humana, animal e ambiental", diz Reis.

Na UCDB, em Campo Grande (MS), a coordenadora Daniele Bier lembra da resistência dos docentes quando o projeto foi implantado no curso de MV. "Mas no segundo semestre os professores já estavam encantados. Agora já há uma demanda da instituição de estimular o uso das estratégias em outros cursos da UCDB”, relata.

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Daniele Bier. Foto: Ascom/CFMV

Na Unipam os resultados do projeto estratégias de ensino também foram um sucesso, segundo a coordenadora do curso, Alice Pratas, os alunos se tornaram inclusive cantores e poetas. "Os alunos sabem que é mais difícil, que têm que correr atrás, mas o fazem de forma prazerosa", diz Pratas. Segundo ela, a meta agora é atingir cem por cento das disciplinas e capacitar novos professores para uso das novas metodologias.

Na Unifil, a coordenadora de Medicina Veterinária Suellen Gobetti destaca que depois do projeto os alunos já não querem mais aulas tradicionais. "Quando fazemos aulas práticas o celular, que antes era uma distração, agora vira coadjuvante das aulas e todos fazem fotos para postar”. Ela ressalta que em 2015 não existia nenhum grupo de estudo no curso e hoje já são sete.

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Suellen Gobetti. Foto: Ascom/CFMV

Saiba mais: CFMV reúne IES participantes do Projeto Estratégias de Ensino-aprendizagem

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Assessoria de Comunicação do CFMV