Representante do CFMV participa de audiência pública sobre a situação de febre amarela e da malária no País

07/04/2017 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:45am

Por Flávia Lôbo

A ocorrência de casos de febre amarela e malária no país foi discutida na quinta-feira (06/04) em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). A representante do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) no Conselho Nacional de Saúde (CNS), Oriana Bezerra, fez parte da mesa da audiência, junto com deputados, profissionais do Ministério da Saúde (MS), da Fiocruz e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Atualmente o CFMV ocupa o cargo de coordenador adjunto da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde (CIVS) do CNS.

Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo registraram o maior número de casos da febre amarela dos últimos meses. De acordo com o MS, os fatos ainda estão sendo investigados, mas o surto da doença teve 1.987 casos notificados e 586 confirmados.

Em relação à malária, foram 31 mortes em 2016. “Este seria o momento ideal para investir na eliminação da forma mais grave da doença. Isso é importante porque o vírus já estaria mostrando sinais de resistência à medicação atual na Ásia”, afirmou Cássio Peterka, representante do MS. Ao longo da audiência, todos os profissionais ressaltaram a importância da prevenção.

""

               Médica veterinária Oriana Bezerra durante audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Foto: Ascom/CFMV

Oriana Bezerra, representante do CFMV no CNS, disse que para fazer a saúde é preciso gestão, fiscalização e recursos financeiros. “Somos 5 mil municípios. Muitos não realizam vigilância. Vários primatas morrem e nem sequer ficamos sabendo da causa. É crucial ressaltar junto aos municípios a importância da vigilância. A investigação sobre a morte de um animal por raiva, por exemplo, pode levar a descobrir outras causas”, ressaltou a médica veterinária durante sua exposição.

Para a Fiocruz, as causas do surto de febre amarela silvestre que ocorre no Brasil estão ligadas a vários fatores como alterações ambientais e aumento da população. " A doença é complexa e circula em diversas espécies. A vacinação é a principal forma de combater um surto. E o diagnóstico deve ser rápido”, afirmou a pesquisadora da instituição Márcia Chame durante a audiência.

Saiba mais, clique aqui.

Assessoria de Comunicação CFMV