Sexta edição da FPI do Rio São Francisco resgata mais de 1700 animais silvestres e conta com participação de médicos veterinários

09/12/2016 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:46am

Por Carolina Menkes 

A 6ª Etapa da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco contou mais uma vez com a presença de médicos veterinários, entre eles o integrante da Comissão Nacional de Animais Selvagens do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNAS/CFMV), Isaac Albuquerque, que participou da Equipe Fauna, além do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado de Alagoas. A força-tarefa teve atuação conjunta dos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia.

“Nossa participação sempre é positiva, já que a presença de médicos veterinários é fundamental para que os animais resgatados possam ser devidamente atendidos e mantidos nas melhores condições possíveis até o momento da soltura. Além disso, temos a condição de detectar zoonoses, salvaguardando a integridade da equipe”, afirmou Isaac Albuquerque.

""Foto: Arquivo Pessoal 

A iniciativa resgatou 1.777 animais silvestres de feiras livres e residências. Destes, a maioria era formada por aves, seguida por répteis e mamíferos, entre eles espécimes ameaçadas de extinção. Dentre os animais resgatados, 90%, foram reintroduzidos em áreas de proteção ambiental.

Segundo o integrante da CNAS/CFMV, apesar dos números da 6ª FPI serem menores do que edições anteriores, a FPI mostra que já é uma ação respeitada no estado que possibilita a soltura precoce dos animais por parte das pessoas. “A ação também está conseguindo conscientizar a população e consequentemente o mal hábito da criação de animai, que está sendo reduzido”, afirmou.

Albuquerque destacou ainda a função dos profissionais na educação ambiental. “Conseguimos mostrar à população o quão importante e fundamental é a presença dos animais na natureza, propiciando equilíbrio e Saúde Única”.

""Foto: Arquivo Pessoal 

A Fiscalização contou com a presença de 153 técnicos de 23 instituições integradas, todas com atribuição na esfera ambiental, sendo a coordenação do Ministério Público Estadual de Alagoas. O último dia da Fiscalização, 2 de dezembro, foi marcado por audiência pública com a participação de técnicos, gestores públicos, agentes econômicos, estudantes e comunidades sertanejas.

Produtos de origem animal

Com a intenção de detectar irregularidades na fabricação de alimentos e crimes contra o meio ambiente, também atuou na 6ªFPI a equipe de Produtos de Origem Animal e Produtos Perigosos.

Entre os problemas identificados pela equipe, encontram-se estabelecimentos clandestinos de fabricação de derivados do leite e da carne; péssimas condições higiênicas e sanitárias; ausência de responsáveis técnicos nos locais fiscalizados, ausência de licença ambiental; maus tratos aos animais; e comercialização de agrotóxicos sem autorização das entidades competentes.

FPI Alagoas

Em Alagoas, a Fiscalização Preventiva Integrada contou com o envolvimento de 23 instituições e entidades, todas com atribuição na esfera ambiental. Sua coordenação fica por conta dos promotores de Justiça Lavínia Fragoso e Alberto Fonseca, que integram o Núcleo de Proteção ao Meio Ambiente do MPE/AL.

Ao todo, foram 11 equipes indo às ruas todos dias: fauna; flora; resíduos sólidos, extração mineral e postos de combustíveis; produtos em uso de origem animal e vegetal; saneamento básico, abastecimento de água e esgotamento sanitário; ocupação irregular às margens do São Francisco e produtos perigosos; aquática; centros de saúde; educação ambiental; patrimônio cultural e comunidades tradicionais; e a equipe base.