Brasil diversifica exportações de gado para a Turquia

31/08/2016 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Brasil e Turquia concluíram essa semana a negociação para o estabelecimento de protocolo sanitário específico para exportação de bovinos destinados ao abate imediato. A expectativa do setor exportador brasileiro é embarcar, até o final deste ano, cerca de 100 mil cabeças para abate naquele país.

O acordo é resultado de negociações entre o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as autoridades veterinárias turcas.

De acordo com o governo brasileiro, o protocolo é vantajoso para ambas as partes, porque exigirá um número menor de exames, além de reduzir o período de quarentena. Isso, assinala o departamento, diminui o custo de produção.

Há também a tendência de que essas exportações agreguem valor, porque os animais a serem embarcados deverão ser machos “terminados”, com peso superior a 450 quilos.

“A homologação deste novo acordo zoosssanitário só foi possível por causa do reconhecimento, pelo Serviço Veterinário Turco, da credibilidade e eficiência da certificação veterinária firmada pelo Mapa, responsável por atestar o fiel cumprimento dos requisitos sanitários estabelecidos para importação de gado pela Turquia”, ressalta o diretor do DSA, Guilherme Marques.

O Mapa quer diversificar ainda mais o comércio de animais e seus produtos com a Turquia permitindo a exportação de embriões, sêmen e carne bovina.

Exportações para a Turquia

O protocolo estabelecido na segunda-feira (29/8) decorre de acordo feito entre o Mapa e as autoridades veterinárias turcas, em agosto de 2015, para exportação de gado destinado à engorda.

O acordo firmado no ano passado possibilitou ao Brasil retomar, em 2016, as exportações de bovinos para o mercado turno. De janeiro a junho deste ano, o país embarcou 86.005 cabeças para a Turquia, avaliadas em cerca de US$ 50 milhões.

A partir deste ano, a Turquia se consolidou como principal cliente brasileiro, tendo sido responsável pela importação de 61,8% dos bovinos exportados pelo nosso país.

Assessoria de Comunicação do CFMV com informações do Ministério da Agricultura