UFRGS e PUC-PR desenvolvem metodologias ativas com Projeto Estratégias de Ensino-aprendizagem do CFMV

18/08/2016 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Por Carolina Menkes

Desde janeiro a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) faz parte do Projeto Estratégias de Ensino-aprendizagem do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). A iniciativa foi implementada no primeiro semestre deste ano e no segundo semestre o CFMV realizou a segunda visita à instituição para analisar os resultados até o momento.

Motivação foi a palavra de ordem entre os estudantes e professores que participaram da iniciativa. “Todos se abriram para aprender desenvolver habilidades e tornar a sala de aula um ambiente mais atrativo”, revelou a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da instituição, Saionara Araújo.  

As ações foram além do previsto inicialmente no projeto. Após discussões, foi constatada a necessidade de capacitar melhor os professores nas metodologias ativas. Com o apoio da secretaria de educação da instituição, foram realizadas oficinas de capacitação e criado um ambiente virtual institucional. No total, foram dez encontros em três meses.

Além disso, a pró-reitoria da UFRGS, em conjunto com o departamento de Medicina Veterinária, teve a ideia de criar um núcleo de metodologias ativas, um espaço de troca de experiências e inovação pedagógica. “O projeto mostra que trabalhando com o ensino podemos evitar o erro com ética e construir um médico veterinário responsável, como ser humano”, afirmou Araújo.

Segundo ela, a visão de que os conselhos profissionais têm apenas a função de fiscalização e controle foi desmistificada. “No início houve o estranhamento pelo fato de um conselho pensar questões ligadas à educação. O CFMV tem um papel extraordinário com isso e esperamos que continue com a visão ampla nesse sentido”.

Professora da UFRGS desde 2001, a coordenadora substituta do curso, Andrea Troller, vê na iniciativa do CFMV uma oportunidade de entender que o processo de ensino-aprendizagem não precisa ser de dominação, mas de construção conjunta.

Para ela, todos os profissionais devem aprender a utilizar ferramentas comportamentais que melhorem suas relações nos serviços que oferecem. “As competências humanísticas permitem formar seres humanos diferenciados e que atuem profissionalmente não apenas nas atividades específicas da Medicina Veterinária, mas também em áreas multi e interdisciplinares”, acredita Troller.   

A participação nas oficinas realizadas pelo CFMV, segundo a coordenadora, estimulou os professores a sair de suas zonas de conforto e usar novas metodologias para uma formação mais completa dos alunos.

Durante o semestre, houve acompanhamento periódico pelo CFMV, realizado quinzenalmente. “A continuidade do trabalho foi fundamental, com momentos de troca, construção e consolidação das premissas importantes no processo de ensino-aprendizagem”, finalizou Saionara Araújo.

PUC-PR

Também na região Sul, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), campus de Tolêdo, o sentimento de contribuir para a formação do futuro médico veterinário mais crítico e autônomo serve de inspiração e incentivo para a coordenadora do curso, Andréa Christina Meirelles, mudar suas estratégias de ensino em sala de aula. A segunda visita do CFMV também foi realizada à instituição no início de agosto.  

Meirelles acredita que o projeto dá suporte e credibilidade à adequação do curso às tendências atuais do novo modelo de ensino-aprendizagem."Com o maior uso de metodologias ativas nas aulas do curso, o estudante abandona a passividade do modelo clássico e passa a desenvolver autonomia e a acessar a informação por si próprio”, finaliza a coordenadora. 

Saiba mais: Parcerias são firmadas entre o CFMV e universidades do país para desenvolver o Projeto Estratégias de Ensino-aprendizagem 

Assessoria de Comunicação do CFMV