Ação conjunta entre Polícia Civil e CRMV-DF fecha canil ilegal em Brasília

22/12/2015 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:50am

Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal em parceria com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal (CRMV-DF) e a Agência de Fiscalização, fechou nesta segunda-feira (21) um canil clandestino que funcionava em uma área nobre de Brasília.

No local foram encontrados mais de oitenta cães, entre filhotes e matrizes, alguns deles seriam vendidos por até R$ 7 mil.  Entre as raças vendidas ilegalmente estão Maltês, Yorkshire, Lulu da Pomerânia, West Terrier e Shih-tzu.

""Foto: ASCOM/CRMV-DF

De acordo com a coordenadora técnica do CRMV-DF, Simone Gonçalves, que acompanhou a ação, o cenário era de horror. “A situação dos animais fugia de todos os princípios das cinco liberdades de bem-estar animal. Os animais estavam agrupados, sem água, sem espaço para se movimentar, no calor, estressados, doentes e machucados”, conta.

O trabalho da médica veterinária identificando a situação de maus tratos vai servir de subsídio para a Polícia Civil do Distrito Federal. “O que nos deixou espantados é que a proprietária pensa que maus tratos significa só agressão física. As pessoas precisam ter consciência de que qualquer condição que não preze pelo bem-estar dos animais pode ser considerada maus tratos”, afirma Simone.

De acordo com a Delegacia de Meio Ambiente, a proprietária do canil clandestino foi autuada em flagrante por maus-tratos a animais e poderá pegar de três meses a um ano de reclusão. O CRMV-DF vai emitir um relatório sobre o caso para ser entregue à Delegacia do Meio Ambiente. Os animais retirados do canil ilegal serão cuidados por voluntários até decisão judicial.

Uma forma de combater o comércio ilegal é adquirir um animal de estimação de ambientes seguros, conhecer o local de criação, verificar se de fato os animais são criados de forma correta, quais procedimentos foram adotados, além de se certificar se o local está registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária, com responsável técnico médico veterinário.

Assessoria de Comunicação do CFMV