CFMV responde cartas de estudantes sobre animais em extinção

02/09/2015 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:50am

“Por que alguns animais estão sumindo?”

Esse foi um dos questionamentos feitos por estudantes do 7º ano da escola Teotônio Vilela, de Santana de Parnaíba (SP), ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Em um trabalho da disciplina de Português os alunos, com idade entre 11 e 13 anos, escreveram cartas à mão enviadas ao CFMV.

Todas foram cuidadosamente lidas e respondidas pelos integrantes da Comissão Nacional de Animais Selvagens (CNAS) do Conselho Federal.  O CFMV tem como uma das suas ações permanentes o combate ao tráfico de animais selvagens.

Os estudantes Brandon e Thiago, de 11 anos, queriam saber o motivo pelo qual alguns animais não são mais encontrados na natureza. E foram atendidos.

O principal motivo da extinção dos animais é a destruição de ambientes naturais, seja pelo desmatamento ou por queimadas. Na resposta enviada aos alunos, a Comissão Nacional de Animais Selvagens explicou que outro fator que influencia é a caça em busca de aproveitamento de partes desses animais, como carne, gordura, peles, plumas. A coleta de ovos também é bastante comum, pois gera lucro para os caçadores.

“Nós estamos estudando alguns textos sobre animais silvestres como cachorro-vinagre, peixe-boi e arara-vermelha e queremos aprender mais sobre outros animais que estão em extinção”, escreveram os estudantes João, Ryan e João Miguel.

De acordo com a Polícia Federal, a cada ano, 12 milhões de animais são apanhados da fauna brasileira e 30% deles são enviados ao exterior. A maioria deles integra a lista de espécies em extinção. Esses animais são transportados em condições precárias, ficam doentes e, em alguns casos, morrem.   A lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção conta com 1.173 espécies como macaco-prego, boto-cinza e a tartaruga-oliva.

A Comissão de Animais Selvagens do CFMV orientou os alunos sobre atitudes que podem ser tomadas para combater a extinção dos animais. Uma delas é denunciar qualquer tipo de agressão ao meio ambiente como queimadas, desmatamento e tráfico. Também é importante comprar apenas animais provenientes de criatórios legalizados e com nota fiscal, além de denunciar ações de maus tratos e de manutenção de espécies em cativeiro.

“É muito importante perceber que as crianças estão preocupadas com a situação dos animais selvagens e a extinção. Trabalhando esse tema, ajudamos a construir a formação dos adultos do futuro em prol do combate ao tráfico de animais selvagens”, afirma o presidente da CNAS, Carlos Eduardo do Prado Saad.

Nas cartas os alunos também compartilharam com o CFMV seus conhecimentos sobre a fauna brasileira.  “Aprendemos que quando a arara-vermelha acaba de colocar seus ovos em um mês podem nascer os filhotes”, contam Marina, Vitória, Evellim e Roberta.

“O peixe-boi não é peixe e nem boi. Ele é grande e o único mamífero aquático que come capim e tem pelo”, explicaram os estudantes Igor e Marques.

Na opinião da médica veterinária Valéria Natasha, integrante da CNAS, as cartas demonstram a confiança e a credibilidade da Comissão e do Conselho Federal de Medicina Veterinária.  “Nós trabalhamos pela profissão, mas também pela sociedade”, afirma.

A Comissão Nacional de Animais Selvagens sugeriu endereços de pesquisa na internet onde os estudantes podem buscar mais informações sobre o tema estudado.

Os alunos da escola Teotônio Vilela também receberam materiais impressos elaborados pelo CFMV como a Cartilha Amigos da Natureza, a Cartilha da Campanha Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens, além de folders da campanha.

Assessoria de Comunicação do CFMV