Ministério da Agricultura divulga comunicado de prevenção à gripe aviária
14/08/2015 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:50am
O Brasil nunca registrou um caso de gripe aviária em seu território. As medidas de prevenção são importantes para que esse status seja mantido.
O Ministério da Agricultura distribuiu aos Estados, entidades ligadas ao setor agropecuário e produtores nota com recomendações para redução do risco de introdução do vírus da gripe aviária – influenza aviária (IA) – por aves migratórias em decorrência de casos nos Estados Unidos e do início do período de migração de aves no Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul.
O objetivo do comunicado é reforçar as medidas já implementadas para prevenção da introdução do vírus nos aviários brasileiros, que nunca tiveram registro da doença.
Integrante da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária (CNSPV) do CFMV, o médico veterinário Fernando Paiva afirma que o perfil dos aviários brasileiros e as medidas preventivas adotadas contribuem para o risco baixo da doença.
“Risco baixo não significa risco zero. Deve haver todo o tipo de cuidado e o médico veterinário está inserido nesse contexto com um papel importante de prevenção”, ressalta.
Aos Serviços Veterinários Oficiais, o Ministério da Agricultura recomenda que desenvolvam ações de educação sanitária e avaliação clínica e epidemiológica nas propriedades com aves, além do treinamento de Grupos de Emergências Estaduais, entre outras medidas.
Prevenção
De acordo com o Ministério da Agricultura, o setor produtivo deverá restringir a entrada de veículos, que deverão ser limpos e desinfetados antes do ingresso nas granjas. As empresas também deverão intensificar o controle de pragas, entre roedores e insetos, e a orientação aos trabalhadores quanto às medidas de biossegurança em geral e para o manuseio de animais doentes. Todos os eventuais casos de síndrome respiratória grave entre trabalhadores deverão ser notificados aos serviços oficiais de saúde pública.
Ao público em geral, a recomendação é evitar contato com aves silvestres ou domésticas doentes ou encontradas mortas. Caso isso ocorra, deve-se lavar bem as mãos com água e sabão e trocar as roupas antes de qualquer contato com aves sadias. Os criadores de aves, comerciais ou não, devem reforçar as boas práticas e cuidados de biossegurança, evitando o contato com outras aves e também com aves silvestres.
Qualquer ocorrência de mortalidade anormal ou doença com sinais compatíveis com a influenza aviária devem ser notificados ao Serviço Veterinário Oficial da unidade da Federação. Já os casos suspeitos de infecção de humanos por vírus da influenza aviária devem ser notificados imediatamente à vigilância epidemiológica da secretaria do município, estado ou diretamente ao Ministério da Saúde.
Casos na América do Norte
O vírus da influenza aviária pode acometer uma grande variedade de espécies de aves. Os graus de variação da doença são classificados com base na gravidade dos sinais clínicos, como IA de Baixa Patogenicidade (IABP) e IA de Alta Patogenicidade (IAAP).
Casos de IAAP já foram registrados, em 2015, nos EUA, no Canadá e no México. No ano passado, a doença foi detectada em aves de fundo de quintal e criações comerciais de diversos estados norte-americanos.
Assessoria de Comunicação do CFMV com informações do MAPA