Especialista ensina como fazer o controle do carrapato

19/03/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:57am

Jesus Xavier Ferro, Médico Veterinário, diz que, uma vez escolhido o carrapaticida, deve-se usá-lo estrategicamente durante vários anos, sem substituí-lo, até que comece a não funcionar mais. Nessa escolha Jesus Ferro recomenda a realização do teste de sensibilidade (carrapaticidograma). Segundo ele, a Embrapa faz gratuitamente, mas também pode ser feito na região do criador, através do extensionista da Emater do seu município.

A recomendação do técnico é a de se fazer cinco a seis banhos nos meses mais quentes do ano a cada 21 dias, independentemente se tenha ou não carrapatos visíveis. E também: ler atentamente a bula do produto para ver dosagem, cuidados e carência; banhar usando pulverizadores de boa pressão, aplicando a calda no sentido contrário aos pelos e molhando todo o animal, começando-se sempre pelas partes baixas, entre as pernas, úbere e, por fim, cabeça e orelhas.

Usar bomba costal só para pequenos rebanhos, adianta. Em rebanhos maiores, usar bomba como as usadas em lava-rápidos, e colocar os animais em brete próprio, de arame liso ou cordoalhas, ou ainda utilizar os atomizadores comerciais . As recomendações adiantam ainda evitar dias de chuvas e de sol muito forte para o tratamento. Se estiver chovendo, deixar o gado pulverizado preso em área coberta por duas horas.

Após o banho os animais devem retornar às pastagens infestadas para receber novas larvas e estas morrerem por ação do carrapaticida, lembra. Os animais de maior grau de sangue europeu, normalmente os mais atacados pelo carrapato, devem receber maiores cuidados, é o que assinala Jesus Ferro.

Identificar e cuidar mais intensamente dos animais de sangue doce que são fabricas de carrapatos. Esses animais devem ser descartados, sempre que puder, sugere. Finalmente, observa aos criadores para não utilizares produtos como Acatak e Top Line em vacas lactantes, pois esses produtos deixam resíduos no leite por até quatro meses e são prejudiciais à saúde humana, além de serem proibidos por Lei Zoossanitária Estadual .

Da mesma forma, conclui, não devem ser usadas as Ivermectinas, Abamectinas e Doramectinas, que também deixam resíduos prejudiciais no leite até trinta e cinco dias. E falando em resíduos, não esquecer do uso correto de antibióticos, que também deixam resíduos prejudiciais, se não for observado o período de carência, para a utilização do leite .