EUA prorrogam consulta pública sobre importação de carne brasileira
28/02/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:57am
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) anunciou oficialmente n esta quinta-feira a prorrogação da consulta pública para permitir a importação de carne bovina brasileira in natura de 1 4 Estados brasileiros. O período de comentários, que havia se encerrado na sexta-feira passada, foi estendido até 22 de abril.
A decisão já havia sido confirmada pelo USDA – faltava a definição oficial do prazo. Como se esperava, a prorrogação se deu por mais 60 dias, o tempo pedido por oito senadores americanos, em carta enviada em janeiro ao secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack. Na correspondência, os parlamentares manifestam a preocupação com a possibilidade de que a importação de carne do Brasil leve a febra Aftosa para o país.
Na consulta pública que se encerrou na sexta-feira passada, foram feitos 499 comentários a respeito do assunto. Os Estados em análise pelo USDA são Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Su l, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Na quarta-feira, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcelo Junq ueira, disse que o Brasil deve começar a exportar carne bovina in natura para os EUA ainda no primeiro semestre. De acordo com ele, o volume a ser exportado inicialmente não deve ser dos maiores, porque o mercado americano funciona por meio de cotas. "Devemos assumir uma cota em torno de 65 mil toneladas de carne, mas a liberação dará um respaldo para exportar para outros países e facilitará outras negociações", afirmou Junqueira.
Em 18 de dezembro, Brasil e EUA fizeram uma declaração conjunta, manifestando o objetivo de intensificar o comércio de carne bovina in natura entre os dois países.