Especialistas destacam prioridades para o bem-estar dos frangos

24/02/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:57am

A onda de calor não é algo frequente e por ser considerado um período atípico, aqueles que se adequarem aos cuidados básicos não terão prejuízos. O Médico Veterinário e presidente da Associação Goiana de Avicultura (AGA), Uacir Bernardes, explica que a Avicultura moderna, relativamente nova, é capaz de proporcionar a máxima capacidade genética das Aves, desde que esteja aliada à atenção dos criadores.  

Algumas instituições tentam incentivar regulamentação que possibilite minimizar prejuízos.  Para o Zootecnista José Rodolfo Panim Ciocca – gerente do Programa Nacional de Abate Humanitário (Steps) da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) -, quando há tantas mortes de animais, produtores e empresas perdem todo investimento realizado durante o período de criação, seja em instalações, suporte técnico, alimentação. 

"Se domesticamos e confinamos animais, independentemente do fim a que se destinam, é nosso dever prezar pelo seu bem-estar", pondera José Rodolfo, que atua em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na capacitação de inspetores e profissionais do setor agropecuário sobre Bem-Estar Animal.

De acordo com Uacir – também presidente da Comissão de Avicultura da Faeg -, os aviários bem adequados priorizam o ambiente interno e externo. Os frangos, ainda pintinhos precisam de aquecimento, mas conforme vão crescendo e criando penas mais firmes, a situação inverte e então é necessário resfriar seu ambiente. 

INVESTIMENTOS

"Os cuidados começam do lado de fora, com a plantação de árvores, gramas que amenizem o calor. Do lado de dentro, os aviários devem estar adequados com equipamentos que proporcionem uma ambiência confortável, tais como ventiladores, exaustores, nebulizadores, entre outros", disse Uacir, ao mencionar que o suporte técnico exige presença geradores de eletricidade para prevenir eventuais quedas de energia na zona rural.

"O grande problema hoje é que o custo de um gerador pode parecer alto aos olhos dos pequenos e médios produtores de frangos", explica a supervisora de Bem-Estar Animal da WSPA Brasil, Thamiriz Nascimento. "Porém, se comparado às perdas massivas ocasionadas pelas horas sem controle de temperatura e umidade no galpão, o preço desse equipamento viabiliza-se tanto a curto quanto médio prazo".