CCZ realiza captura de morcegos hematófagos

03/02/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:59am

Os técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizaram neste sábado (1º), a captura de morcegos hematófagos, na Estrada da Baía do Sol, em Mosqueiro. O objetivo da ação é controlar a população de morcegos que, além de atacar animais das propriedades rurais da área, podem ser potenciais transmissores da raiva.
Os hematófagos são aqueles que se alimentam exclusivamente do sangue de outros animais. A captura dos morcegos é feita à noite, quando eles saem em busca de alimentos, e a armadilha, uma espécie de rede, é posta na área onde o animal costuma atacar. "Instalamos a rede próxima aos animais como o gado, porco ou Aves, que estejam sendo atacados pelos morcegos. Apesar de terem um sonar, os quirópteros (morcegos) não conseguem identificar a presença da rede e conseguimos capturá-los", explica o Veterinário do CCZ, Roberto Brito.

Após a captura, os morcegos são recolhidos e os do tipo hematófagos são separados e recebem a aplicação do vampiricida, para fazer o controle da raiva. "Todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva, mas para que ocorra a transmissão é necessário o contato da saliva com o sangue. Por isso, os vampiros, são os maiores transmissores. Daí a importância de receberem um veneno (vampiricida), à base de anticoagulante, que é levado para dentro dos abrigos pelos animais capturados", ressalta Brito.

Depois de tratados, 10% dos morcegos são encaminhados para o Instituto Evandro Chagas, para análise que confirma se a colônia é portadora da raiva e os demais são soltos. A raiva é uma infecção aguda, causada por um vírus, que compromete o Sistema Nervoso Central. É uma doença, em geral de evolução rápida e fatal, que pode acometer todas as espécies de mamíferos, incluindo o homem.

No caso da raiva humana, os cães e gatos são os principais transmissores. Entretanto, raposas, morcegos, lobos, antílopes, gambás, furões, dentre outros são, também podem transmitir.