O papel da carnitina nas doenças

16/01/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:00am

A carnitina é um aminoácido presente principalmente em alimentos de origem animal e sua biodisponibilidade varia de acordo com a dieta. 75% dela é obtida da dieta e o restante é produzido pelo organismo através da lisina e da metionina. Ela influencia no metabolismo de carboidratos e alterações na sua regulação pode levar a complicações de diabetes, hemodiálise, trauma, desnutrição, cardiomiopatia, obesidade, jejum, interações medicamentosas e desequilíbrios endócrinos.

Ela tem papel crucial no balanço energético das membranas celulares e dos tecidos que são derivados da oxidação dos ácidos graxos como o coração e o músculo esquelético. Estudos com suplementação de L-carnitina relataram uma queda nos níveis de triglicerídeos e VLDL e um aumentos nos níveis de HDL e albumina em pacientes em hemodiálise. Sua deficiência também é comum em pacientes com cirrose e distúrbios hepáticos, daí a necessidade de sua suplementação.

Existem evidências de seus benefícios na obesidade através da modulação da enzima CPT-1 (carnitina palmitoiltransferase) afetando o metabolismo energético e a ingestão alimentar, levando a uma consequente perda de peso corporal, entretanto, mais estudos ainda precisam ser realizados para comprovar essa ação. Ela ajuda também a preservar a saúde neuronal através da preservação da excitabilidade neuronal.

Referências:

FLANAGAN, J.L. et al. Role of carnitine in disease, Nutrition & Metabolism, v.7, n.30, 2010.