Doação de dente de leite ajuda em pesquisa com célula-tronco

24/12/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:00am

Foi-se o tempo em que o destino do dente era ficar embaixo do travesseiro para ser trocado com a fada por algum dinheiro. Hoje em dia, é necessário conscientizar as crianças sobre a importância da doação dos dentes.

As células-tronco da polpa dos dentes de leite são valiosas para os cientistas. A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP usa o material para reconstituir neurônios para o tratamento de autismo.

Também no Centro de Estudos do Genoma Humano da USP, testes com animais estudam a regeneração de ossos. Já a faculdade de Odontologia da universidade, estuda a reconstrução do tecido dentário que revolucionaria tratamentos de cáries e periodontites.

Os estudantes de odontologia também precisam dos dentes para as aulas. A Faculdade de Odontologia da USP – FOUSP – foi pioneira no Banco de Dentes Humanos e recebe doações de diferentes locais do Brasil. Hoje a coleção é de, aproximadamente, 10 mil peças. "Recebemos entre 40 e 50 dentes decíduos por mês, o ideal seria receber 200", diz José Carlos Imparato, professor da faculdade e idealizador do banco.

Segundo o professor, um semestre de aula de tratamento de canal, com cinquenta alunos, consome cerca de 450 dentes.

Como doar: Todo dente pode ser doado, seja ele sadio, cariado, amarelado, restaurado, de leite ou permanente. O ideal é guarda-lo no soro fisiológico ou na água destilada. As doações podem ser feitas pelo correio, de qualquer lugar do país. Basta encaminhar as peças para a Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – Avenida Professor Lineu Prestes, 2.227, Cidade Universitária, SP, CEP 05508-900. Lembre-se que os dentes devem ser lavados com água e sabão e colocados em sacos plásticos ou em um pote.