CARNE

25/01/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou nesta quarta, dia 23, que os países Catar e Bielorrússia suspenderam a compra de carne bovina do Brasil. No total, doze países já barram o produto nacional devido ao caso não clássico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o mal da vaca louca, presente em uma vaca morta no Paraná, em 2010.
Japão, China, África do Sul, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Taiwan, Peru, Líbano, Jordânia e Chile também aderiram ao embargo (o último suspendeu apenas a farinha de carne e de osso).

Os países que temporariamente suspenderam a compra de carne representam cerca de 5% das exportações de carne bovina em 2012, não afetando a balança comercial da pecuária brasileira. Até a terceira semana de janeiro deste ano, os embarques do produto para o exterior aumentaram 45,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).

Uma comitiva técnica do Mapa estará em Teerã, no Irã, no sábado, dia 26, e domingo, dia 27, para atender à solicitação do governo daquele país para apresentar esclarecimentos sobre o caso não clássico de vaca louca. A missão brasileira será composta pelos diretores de saúde animal, Guilherme Marques, e de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias, Lino Colsera, que se reúnem com diretores de saúde animal e técnicos sanitários do Irã.

A reunião faz parte das ações do governo brasileiro para intensificar os esclarecimentos aos seus parceiros comerciais sobre o caso. Após a explicação do caso à OIE e à OMC e a remessa de documentação às autoridades sanitárias dos países compradores da carne bovina produzida no Brasil, o governo brasileiro intensifica a agenda de encontros presenciais com aqueles que interromperam as compras.

No início do mês, o ministro Mendes Ribeiro Filho defendeu que o embargo à carne bovina é consequência de interesses omitidos.
– Não existe vaca louca no Brasil. Existem alguns interesses que nós sabemos como são omitidos, e existe uma postura brasileira que mostrou para o país inteiro a seriedade da nossa defesa. Nossos patamares estão mantidos, nosso reconhecimento internacional também está mantido, e o Brasil vai fazer valer seus direitos.