VETOS

04/01/2013 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am

A ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres, disse ontem (2) que o Brasil pode recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC) contra os países que anunciaram embargo à carne brasileira em razão da suspeita de contaminação pela encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca.

Ontem, o Peru e o Líbano suspenderam a compra de carne bovina nacional. Segundo Tatiana Prazeres, na avaliação do governo não há justificativa para as barreiras aos produtos brasileiros.
A ministra interina comentou o assunto durante a divulgação dos resultados da balança comercial em 2012.

A possibilidade de ir à OMC já havia sido levantada pelo secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ênio Marques Pereira.
No último mês, o secretário disse que o governo dará prazo até março de 2013 para que os países que suspenderam as compras da carne brasileira retirem o embargo.

Desde que os primeiros países anunciaram o embargo, o Brasil tem feito esforço para tentar reverter a suspensão, prestando esclarecimentos sobre a doença.
De acordo com o Mapa, o caso confirmado no Paraná de um animal que morreu em 2010 é uma ocorrência não clássica da doença.

Segundo o órgão, apesar da presença do agente causador da EEB não houve manifestação da doença da vaca louca. As informações oficiais do Ministério da Agricultura são que, até o momento, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Japão, África do Sul, Taiwan, Jordânia e Chile adotaram o embargo.
A Jordânia suspendeu as compras apenas do Paraná, e o Chile somente de farinha de carne e ossos do Rebanho bovino brasileiro.