AVES E SUÍNOS

17/12/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am

Por conta da falta de abatedouros de Aves na região, avicultores da cidade de Terenos, distante 27 km de Campo Grande, buscam novas alternativas de renda.
Há aproximadamente um ano, barracões utilizados para a criação de frangos estão vazios e as dívidas dos produtores não param de crescer.

O produtor Vitacir Fantini foi um dos pioneiros na criação de Aves no município. Ele conta que, há cada dois meses, 75 mil animais saiam da propriedade para serem abatidos.

Os problemas começaram em 2008, quando o único frigorifico da região, localizado em Campo Grande, faliu.
Para continuar com a criação, alguns produtores firmaram uma parceria com outro Abatedouro de Aves, localizado no sul do estado, mas a distância para o transporte dos animais acabou inviabilizando o negócio.

Para os produtores de Terenos, que fizeram empréstimos para construir novos galpões, restaram as dívidas.
Seu Vitacir conta que não tem como pagar os R$ 70 mil que investiu na atividade e que hoje deve ao banco.

O presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário das Colônias de Terenos, Marcos Alberto Nucci, enviou ofícios à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário da Produção da Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur) e comunicou sobre a situação.
Além de incentivos para que outras empresas venham para a região, os avicultores pedem a renegociação das dívidas.

Para a Seprotur, a alta nos preços da soja e do milho foi um dos fatores que freou e dificultou as atividades da Avicultura no estado. Sobre as dívidas dos produtores, o órgão informou que existem negociações em andamento.

Abates em queda

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o abate de frangos em Mato Grosso do Sul caiu 8,5% no terceiro trimestre deste ano.
Enquanto entre julho e setembro de 2011 foram abatidas 38,4 milhões de cabeças, no mesmo período deste ano, foram 35,1 milhões.