RIO GRANDE DO SUL

13/12/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am

Em todo o estado, há apenas cinco postos credenciados pelo Ibama.Batalhão Ambiental da BM busca soluções alternativas para o problema.
Em todo o estado, há apenas cinco postos credenciados pelo Ibama.Batalhão Ambiental da BM busca soluções alternativas para o problema.

A falta de locais adequados para abrigar Animais silvestres apreendidos pela Polícia Ambiental no Rio Grande do Sul pode prejudicar a recuperação dos bichos.

Atualmente, existem apenas cinco centros de triagem cadastrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) em todo o estado. Um destes locais fica no Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, como mostra a reportagem do Nossa Terra (veja o vídeo).

"Não há um programa, um projeto de soltura no estado. Esses animais precisam ser monitorados na natureza. Então não é uma questão apenas de você apreender, recuperar e soltar. Assim as chances de sobrevivência são muito baixas", explica o biólogo Jorge Marinho.

No ano passado, o hospital Veterinário do Zoo realizou mais de mil atendimentos a espécies apreendidas em todo o estado.
No entanto, por lei a responsabilidade de destinação desses animais é dos municípios onde foram recolhidos

"O município não tendo aporte para esta situação recorre ao estado. Este, por sua vez, também não consegue resolver. Então, se tornou praticamente impossível dar encaminhamento a esses animais", relata o tenente Valdecir Ribeiro, do Batalhão Ambiental da Brigada Militar de Erechim, no Noroeste do RS.

Segundo o Ibama, cobras, peixes e macacos são alvo do tráfico de animais, mas as Aves correspondem a 80% das apreensões.
Nessa época do ano, que é de reprodução das espécies, os criminosos escalam as árvores e roubam os ninhos.

Uma solução emergencial para a superlotação tem sido deixar os animais com fiéis depositários ou criadores credenciados pelo Ibama.

Segundo a BM, o ideal seria criar Centros de Triagem de Animais regionais. "Essa alternativa já sendo trabalhada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente em parceria com outras instituições. Isso daria destinação específica para a multiplicidade da fauna existente", avalia o coronel Ângelo Antônio Vieira da Silva, comandante do Batalhão Ambiental da Brigada Militar.
Ele alerta ainda que é importante não comprar Animais silvestres de criadores clandestinos.