Produtos diferenciados

22/03/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:27am

Inovação é a arma de empresas do mercado pet para conquistar o consumidor. Fugindo das tradicionais rações e casinhas, empreendedores lançam mão de produtos que vão de protetor solar a suplemento alimentar para auxiliar no emagrecimento do animal. Até sorvete entra nessa gama de itens. Essa é a aposta das irmãs Juliana e Thaís Mucher.

Veterinárias, elas criaram uma fórmula sem gordura hidrogenada e com metade do teor de lactose daqueles para humanos. Os potes de 150 ml custam, em média, R$ 5. O investimento foi de R$ 150 mil. "É uma fórmula exclusiva", diz Juliana. E completa: "Os donos compram, nem que seja por curiosidade".

Para Adriane Rodecki, 40, gerente de negócios da Pet Society, de cosmética animal, o mercado deixou de ser encarado como luxo desnecessário. "Investimos de 5% a 8% do faturamento anual em inovações." Hoje, a empresa possui no portfólio protetor solar e neutralizador de odores. Com investimento de R$ 400 mil, a Vetnil lançou, em novembro, o Emagripet -suplemento que auxilia no emagrecimento de cães e gatos e na redução do estresse do animal.

Em alta – O mercado especializado em animais de estimação tornou-se lucrativo, destaca o consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Sérgio Diniz. "O desenvolvimento de produtos e serviços, aliado ao menor tempo disponível para cuidar dos animais, criou oportunidades de negócio", destaca.

Dados da Anfalpet (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação) mostram que o setor cresceu 5% no ano passado, no país. Em 2009, o faturamento foi de R$ 6,2 bilhões; no ano anterior, de R$ 5,9 bilhões. "A expectativa é que, em 2010, haja crescimento de 3% a 4%", diz o gerente de marketing e comunicação, Alfredo Roldan.

Diniz faz uma ressalva: "é preciso ter competência na gestão e foco no cliente, além de conhecimento específico". Quem pega carona nesse crescimento é Enrique Shamann, 37. Dono da Quality for Pets, loja para os públicos A e B com atendimento exclusivo pela internet, ele fez investimento inicial de R$ 40 mil. O retorno, diz, deve vir em 18 meses. "Pretendo investir 75% do lucro no negócio", planeja.