Estudo

09/11/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Parte do corpo de jacarés e crocodilos estaria interligada a rede de nervos.

Sensibilidade a vibrações ajudam répteis a atacar presa rapidamente.

A pele encontrada em mandíbulas de jacarés e crocodilos pode ser mais sensível que a ponta dos dedos de seres humanos, sugere um estudo realizado pela Universidade Vanderbilt, dos Estados Unidos, publicado nesta quinta-feira (8) no periódico científico “The Journal of Experimental Biology”.

De acordo com a pesquisa, essa sensibilidade permite aos animais administrar sua mordida, podendo utilizar sua boca para carregar filhotes — contribuindo também com a eclosão de ovos– ou para agarrar uma presa em uma fração de segundo.

A investigação feita pelos cientistas norte-americanos Ken Catania e Duncan Leitch analisou saliências presentes na pele de jacarés e crocodilos, principalmente na parte existente na mandíbula.

Com a ajuda de imagens microscópicas, os pesquisadores identificaram que essas estruturas fazem parte de uma avançada rede de nervos, que possibilitam aos répteis sentir de forma rápida e eficaz vibrações e pressões.

Aquele fio de cabelo
Para obter os resultados, foram feitos testes com jacarés-americanos e crocodilos-do-Nilo em um aquário. Nos testes, foram jogados vários objetos e comidas, com o intuito de descrever a movimentação dos bichos. No entanto, o momento mais surpreendente foi quando um fio de cabelo foi atirado ao aquário.

A queda do fio de cabelo na água, e sua consequente vibração, fez os animais se movimentarem em busca do que havia causado a ondulação da água. Isto comprova que a pele desses répteis é mais sensível que a ponta dos dedos de seres humanos — uma das partes do corpo humano mais sensíveis ao toque.

Os pesquisadores descobriram ainda que crocodilos e jacarés podem abocanhar suas presas em um tempo de reação de 50 milésimos de segundo, graças à ativação de sua pele sensível. Os estudiosos ainda vão analisar mais detalhes para conseguir descobrir as regiões cerebrais responsáveis por estimular os nervos faciais.

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Os principais frigoríficos do Nordeste se reúnem, nesta quinta (8) e sexta-feira (9), em Juazeiro (BA), para discutir e buscar soluções para os principais problemas nas cadeias produtivas das carnes de ovinos e caprinos. O evento, organizado pelo projeto Aprisco Nordeste, terá a participação de diversas entidades e empresas com ações focadas na ovinocaprinocultura. O Aprisco Nordeste é desenvolvido pelo Sebrae e tem como coordenador o diretor técnico do Sebrae Paraíba, Luis Alberto Amorim.

De acordo com o analista técnico do Aprisco Nordeste, Jucieux Palmeira, o Painel "Limitações, Oportunidades de Negócios e Prioridades nas Cadeias Produtivas das carnes de ovinos e caprinos" tem como principal objetivo encontrar soluções para os gargalos entre os produtores. "Da porteira para fora todo o processo está bem organizado, seguindo as legislações e produtivamente adequado. A questão é da porteira para dentro. É preciso conscientizar os produtores para o melhoramento das carnes, garantindo mais qualidade e excelência", explicou Jucieux Palmeira.

O analista do projeto Aprisco Nordeste ressaltou o melhoramento genético e o abatimento de animais com até 120 dias como alternativa para aumentar a qualidade da carne. "No final do encontro, será elaborado um documento com soluções para aperfeiçoar o processo produtivo, que será enviado a todos os frigoríficos da região Nordeste. Eles são as principais de pontes de contato com os produtores e são peças fundamentais nessa melhoria", destacou.

Entre os temas que serão discutidos no evento, estão: "Visão geral do setor da industrialização e transformação de carnes de ovinos e caprinos no Brasil e na Região Nordeste (Cristiane Rabaoli- Diretora Estância Celeiro – MT), "Ações e estratégias do Instituto Nacional de Carnes de Uruguai – INAC- na consolidação e desenvolvimento do marcado de carne ovina" (Engenheiro Agrônomo Jorge Acosta – Uruguai), "A importância e as vantagens da integração dos produtores no desenvolvimento da carne de ovinos com Identificação Geográfica Protegida ‘CORDEREX’"(Raúl Muñiz Cimas – Espanha), "Um exemplo de integração nacional. ‘Cordeiro Castrolanda’" (Tarcísio Bartmeyer – Cooperativa Castrolanda / Paraná).

Os representantes dos frigoríficos que participarão do evento irão apresentar a situação atual, principais problemas, possibilidades de crescimento, além de sugestões para superar as limitações e potencializar a empresa e o setor como um todo.

Realizado pelo projeto Aprisco Nordeste, com parceria do Sebrae Bahia, o Painel "Limitações, Oportunidades de Negócios e Prioridades nas Cadeias Produtivas das carnes de ovinos e caprinos" deve reunir cerca de 30 dos principais frigoríficos nordestinos. O evento conta com o apoio do Sebrae Nacional, Governo do Estado da Paraíba, Governo do Estado da Bahia, Ministério da Agricultura, da Embrapa Caprinos e de frigoríficos da Bahia.

O que é o projeto Aprisco – O Projeto Aprisco promove ações permanentes de capacitação e estratégias que garantem inserção no mercado e inovação tecnológica nos rebanhos. O programa cria um ambiente favorável a integração regional dos segmentos produtivos da cadeia da caprinovinocultura, de forma associativista, buscando o fortalecimento e desenvolvimento sustentável do setor, através da inserção competitiva no mercado regional e nacional, da inovação tecnológica e da organização da governança regional.