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06/09/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) pode recorrer à Justiça para que pequenos criadores de aves e suínos recebam milho adquirido em vendas a balcão e que já pagaram pelo produto há mais de 60 dias. Segundo o presidente da federação, Elton Weber, a decisão será tomada na próxima semana, após uma análise dos pontos de desabastecimento. O dirigente diz que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deveria ter entregue o insumo para a alimentação animal em pelo menos três polos produtores do Estado – Arroio do Tigre, Palmitinho e Rondinha.
Produtores que desejam garantir a entrega do milho já pago precisam arcar com custos de frete para buscar o produto em outras regiões do Estado. Outra alternativa é a compra do milho no mercado. "Produtores que não receberam o milho da Conab estão recorrendo a financiamentos bancários para comprar o cereal no mercado, pagando até R$ 36 a saca de 60 quilos", diz.
No Rio Grande do Sul a produção de milho 2011/2012 recuou cerca de 50% devido à forte seca. Por conta disso, a Conab liberou seus estoques no Centro-Oeste para o Estado a um preço de R$ 21 a saca. O problema é que a companhia não está conseguindo escoar o produto. A greve dos caminhoneiros, no fim de julho, gerou as primeiras dificuldades. Agora, a queixa é a realização de trajetos longos, com a volta sem carga transportada, o que geraria perdas aos motoristas. Na terça-feira (4/9) o Ministério da Agricultura chegou a anunciar que estuda uma parceria com o ministério da Defesa, para o transporte de milho para regiões que estão desabastecidas.
A superintendência da Conab no Rio Grande do Sul foi procurada, mas preferiu não se pronunciar.