Malária

20/08/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am

Houve aumento nos casos de malária este ano no Amapá. A maioria das pessoas infectadas com a doença, muito comum em áreas de floresta, mora na zona rural.

Em menos de dois meses, a estudante Lívia Barbosa, de 13 anos, pegou malária pela segunda vez. Ela acabou de recomeçar o tratamento contra a doença. O diagnóstico foi feito por técnicos da Vigilância Sanitária que percorrem as comunidades rurais de Macapá. Às vezes, o acesso a essas regiões. Pelo caminho há estradas de terra, pontos alagados e rio. Mas o maior obstáculo é a resistência das pessoas em permitir a entrada das equipes nas casas.

Ao espalhar o produto pelas casas os técnicos tentam controlar a proliferação do inseto transmissor da malária. A fêmea do mosquito anófeles, também conhecido como mosquito prego, precisa estar infectada por um protozoário chamado plasmodium. A ação de prevenção e combate é intensificada nessa época do ano, quando a quantidade de chuva diminui na região e os rios e lagos têm pouca movimentação.

O ambiente úmido e com água parada é o mais propicio para a reprodução dos insetos. Os mosquitos também podem se desenvolver em tanques utilizados para a criação de peixes.

Dos 369 casos de malária registrados em Macapá, 95% estão na zona rural. Reduzir os índices da doença é uma preocupação mundial. A meta faz parte dos pactos do milênio da Organização Mundial de Saúde. O Amapá é um dos locais que mais preocupam.

“Estabelecemos uma meta dentro da Secretaria de Saúde do município de Macapá para reduzir em 2012 em relação a 2011 de 25%”, Eliton Franco, coordenador municipal da Vigilância Sanitária.

Os técnicos de saúde permanecem nas comunidades até a terça-feira (28). Depois desse período, eles farão visitas quinzenais para acompanhar a recuperação dos doentes.