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03/08/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am

Representantes da Associação de Produtores de Cacau (APC) participaram de uma reunião com o secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ênio Marques, hoje em Brasília. Os produtores demonstram grande preocupação com a chegada recente ao Porto de Ilhéus (BA) de duas cargas importadas da amêndoa com insetos vivos, provenientes da Costa do Marfim.
O temor é a entrada de pragas e doenças no país.

Produtores processam União após cacau com insetos chegar ao Brasil

As cargas foram importadas por multinacionais que atuam no processamento de cacau no país. Hoje, a produção nacional não atende à demanda doméstica, por isso, são importadas, por ano, cerca de 50 mil toneladas.

O secretário Ênio Marques disse que as preocupações dos produtores são legítimas e que houve falhas do órgão certificador da Costa do Marfim, do serviço brasileiro que concedeu a licença para internalizar a carga sem ter feito a análise do produto e também do setor de classificação, que poderia ter feito o tratamento da carga.

Marques afirma que, na semana passada, autoridades brasileiras comunicaram aos órgãos competentes da Costa do Marfim sobre o ocorrido e foram suspensas as certificações feitas pelo país africano para o cacau a ser embarcado ao Brasil.

O secretário ainda acrescentou que será feita auditoria no Porto de Ilhéus para apurar as responsabilidades. Ainda foi determinado à Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) uma avaliação de risco da cultura para, se houver necessidade, fazer as correções necessárias nas Instruções Normativas que regem a importação do produto.

O presidente da APC, Guilherme Galvão, disse que a reunião com o secretário foi bastante proveitosa.

"Ficamos tranquilizados com as providências que serão tomadas", afirmou.