Tratamento

10/07/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Um hormônio que circula normalmente no corpo humano entrou na lista de possíveis tratamentos para a depressão. Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (9) aponta uma possível relação entre a depressão e os níveis de um hormônio chamado adiponectina, especialmente para pacientes que têm diabetes tipo 2.
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O estudo publicado pela revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências, conseguiram aliviar sintomas da depressão em camundongos, com injeções desse hormônio. Normalmente, a adiponectina controla a queima de açúcares e gorduras, e os cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, comprovaram que ela também tem participação no mecanismo da depressão.
Estudos anteriores já mostravam que a depressão é mais comum entre pessoas com distúrbios metabólicos, como é o caso da diabetes tipo 2. Portadores da doença têm menor taxa de adiponectina no sangue, o que motivou os cientistas a conduzir a experiência.
Os pesquisadores separaram os camundongos em dois grupos – um normal e outro com deficiência de adiponectina. Durante 14 dias, os animais foram expostos a uma situação de estresse social, na qual foram derrotados por um oponente agressivo e desconhecido.
Como resposta, os roedores apresentaram sintomas de depressão, como aversão social e perda de capacidade de aprendizado. Esses sintomas foram mais fortes entre os camundongos que tinham menores taxas do hormônio.
Após a experiência, os pesquisadores injetaram doses de adiponectina no cérebro dos animais, e perceberam efeitos antidepressivos. Segundo o artigo, os resultados “apontam para uma abordagem terapêutica inovadora para distúrbios depressivos”.