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29/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

A presidenta Dilma Rousseff informou ontem que o governo federal pretende criar uma agência para cuidar da área de assistência técnica e extensão rural. Segundo ela, o objetivo é suprir a fragilidade do país na área e disseminar boas práticas agrícolas. Ao discursar no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, Dilma disse também que o governo trabalha em um Plano Nacional de Armazenagem.

"Temos uma certa fragilidade na área de assistência técnica e extensão rural." O governo está construindo uma política para essas áreas e estamos pensando na criação de uma agência capaz de providenciar e disseminar as melhores práticas a partir de protocolos e pacotes tecnológicos, criando e especializando um grupo de agentes públicos que terá ligação com os órgãos de extensão estaduais e cooperativas.

Esse talvez seja um dos maiores desafios do meu governo", disse ela na cerimônia.

Ao falar sobre a criação da agência, após a solenidade, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, lembrou que o país dispõe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para fazer estudos na área. Segundo ele, o ramo da assistência técnica também precisa de um órgão específico. A ideia é que as duas agências trabalhem de forma articulada.

Dilma ainda destacou a importância da agricultura para o enfrentamento da crise econômica internacional (leia mais ao lado) e considerou que não há contradição entre a preservação ambiental e a agricultura comercial.

Ela citou dados sobre o crescimento da produção com pouco avanço da área ocupada.

"Conseguimos crescer nossa agricultura em 180% e, ao mesmo tempo, ter um crescimento de cerca de 30% da área ocupada. Isso é crucial porque mostra que somos capazes de crescer com uma área relativamente reduzida, mostra que o crescimento não é incompatível com preservação ambiental", disse a presidente acrescentando que o Brasil tem 60% dos biomas florestais intocados, mesmo sendo a maior potência agrícola.