Defesa

29/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

A influenza aviária -a chamada gripe aviária- reapareceu no México e preocupa os brasileiros. O vírus é de alta patogenicidade, o que quer dizer que tem rápida difusão e causa grande mortalidade de Aves.

A influenza aviária nessa região preocupa porque, se atravessar a América Central, poderá chegar ao Brasil, diz Ariel Mendes, diretor da Ubabef (entidade do setor).

O Brasil desenvolveu mecanismos de defesa nos últimos anos, mas produtores e governo devem redobrar a atenção agora, segundo Mendes. O vírus que reapareceu no México é do tipo H7N3.

Da parte dos produtores, Mendes diz que poderão ser tomadas medidas simples, como a proibição de visitas nas granjas, eliminação de contato das Aves silvestres com as das granjas (por meio de colocação de telas) e cuidados com as importações de material genético.

Guilherme Marques, diretor do Departamento de saúde animal do Ministério da Agricultura, diz que nenhum país está imune à ocorrência dessa doença, principalmente porque um dos transmissores são Aves migratórias.

O importante, segundo ele, é identificar o risco e eliminá-lo rapidamente.

Para isso, o país tem de aumentar a vigilância. "Não basta dizer que há um sistema de defesa. É preciso demonstrá-lo", diz Marques.

A partir de agosto, o país aumentará a adoção de um sistema de defesa chamado de compartimentalização.

É um projeto-piloto da OIE (Organização Mundial para a saúde animal) que está sendo posto em prática em quatro unidades de produção pelo Ministério da Agricultura. O sistema consiste em uma proteção conjugada de granjas de matrizes, incubatório, granjas de frango, fábrica de rações e Abatedouro. O projeto envolve a busca de segurança máxima para todo esse conjunto.

A chegada da doença ao Brasil faria o país perder muito, já que é o maior exportador mundial.