Bactéria

20/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Uma das bactérias conhecidas por clostridioses é a suspeita clínica apontada pela Inspetoria Veterinária e Zootécnica da Secretaria da Agricultura de Santo Angelo para a morte de 54 cabeças de gado de corte e de leite, numa propriedade na localidade de Carajazinho, interior do município de Entre-Ijuís, na Região das Missões.

Conforme o Veterinário Juarez Dalla Corte, todos os animais mortos apresentavam edema subcutâneo, sintoma característico em casos de clostridioses. Existem sete tipos de clostridius que causam várias doenças ao Rebanho. Dentre elas, o carbúnculo, que é resistente no solo e atua de forma oportunista após períodos extensos de estiagem, quando, frequentemente, há uma queda de imunidade dos animais. Mas só exames laboratoriais que serão feitos na Universidade de Cruz Alta (Unicruz) poderão confirmar o que matou os animais e determinar qual é a bactéria em questão. Foram coletados materiais para a necropsia, como coração, cérebro, pulmões, entre outros órgãos. A Secretaria da Agricultura espera em até 20 dias ter o resultado oficial.

Na tentativa de evitar novas mortes, os técnicos vacinaram o restante do gado da propriedade, que foi deslocado para outra parte da fazenda. Mas, como o pico de imunidade leva até 15 dias, outros animais podem morrer.

A transmissão pode ocorrer por aplicações erradas de vacina, feridas ou até na pastagem que serve de alimento. O criador Constancio Batista tinha 208 animais e afirma que vacinou todos eles há cinco dias. Hoje, a secretaria coletará um frasco lacrado de vacina para análise do Ministério da Agricultura. O objetivo é descartar problemas com o imunizante. O professor e Veterinário Thiago Pereira, da Unicruz, recomenda aos criadores que já vacinaram o gado que o revacinem em 30 dias. Além disso, é recomendável o manejo correto e a manutenção higiene para evitar este tipo de doença.

Durante todo o dia de ontem, uma máquina da prefeitura trabalhou na propriedade, abrindo as valas onde o gado foi enterrado. Não houve abertura de uma cova coletiva, mas, sim, ao lado do local onde o animal morreu, para evitar a movimentação. O proprietário estima um prejuízo de mais de R$ 100 mil. Dalla Corte tranquiliza os produtores e descarta epidemia. Ele salienta ainda que não há risco para seres humanos. Em fevereiro, 43 bovinos morreram em São Gabriel após receberem vacina vencida. O laudo descartou morte causada por carbúnculo, conforme indicava diagnóstico clínico.

"As notícias desta seção são informações de interesse da Medicina Veterinária e Zootecnia que foram divulgadas na mídia. O CFMV não se responsabiliza pelas publicações."