Reabertura

30/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

A União Europeia deve reabrir o mercado para tripas de bovinos do Brasil até o final de junho. Neste período, a Organização Mundial de saúde animal (OIE, sigla em inglês) deve publicar em seu site a alteração de status de encefalopatia espongiforme bovina (EEB, ou mal da vaca louca) brasileira de "controlado" para "insignificante". A mudança foi reconhecida na semana passada durante a 80ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da entidade, em Paris. Apenas 19 nações possuem este status.

"A informação que temos é de que a União Europeia aceita (a entrada do produto nos países) diretamente após a publicação da medida pela OIE e já seria possível embarcar o produto até o fim do mês de junho", estima o diretor executivo da Associação Brasileira de Exportadores de Carne (Abiec), Fernando Sampaio.

Ele estima que o Brasil tenha um mercado potencial a ser conquistado no bloco econômico de US$ 100 milhões. O País deixou de exportar o produto quando teve o status elevado DE "insignificante" para "controlado" em setembro de 2005. O Brasil nunca registrou casos da doença.

No ano passado, os frigoríficos brasileiros exportaram 69 mil toneladas de tripas bovinas e faturaram US$ 271,8 milhões. O principal mercado foi Hong Kong, para onde foram embarcadas 45,9 mil toneladas, que renderam US$ 156 milhões. O segundo mercado é a Rússia, com importações de 8,6 mil toneladas e US$ 46,1 milhões no ano passado.

Outro cliente que poderá ser retomado com a mudança de status é o Egito, que movimentou US$ 18 milhões com a aquisição de carnes industrializadas em 2011. "Eles iniciaram uma restrição em fevereiro e, com a mudança, é possível que a gente consiga reverter isso", estima.