Aumento

29/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Por causa da demanda por ração animal, o preço do produto já foi inflacionado na Paraíba e os pequenos e médios produtores já sofrem com valores ainda mais altos dos insumos para alimentar os animais. O valor da saca de 50 quilos de farelo de trigo, por exemplo, já teve aumentos acima de 80%, passando do valor de aproximadamente R$ 30 para R$ 55, dependendo do estabelecimento.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, a alta nos preços traz lucros aos comerciantes e prejudica ainda mais os criadores, que já se encontram praticamente sem alternativas para alimentar o Rebanho. “Alguns comerciantes estão se aproveitando do período para aumentar os preços e ganhar mais dinheiro”.

Por sua vez, comerciantes garantem que a alta no preço já vem das indústrias e já está prejudicando as vendas. “O preço está muito alto e isto também não é bom para o comércio, que acaba vendendo menos. Está muito caro porque está faltando produto no mercado”, afirmou o comerciante José Ricardo Carneiro, que possui um estabelecimento em Campina Grande. “As vendas chegaram a aumentar 30%, mas agora já estão caindo porque o produto está muito caro e os criadores estão sem condições de comprar. Não temos como vender mais barato porque já estamos comprando por preços altos”, revelou.

Uma das alternativas para o produtor paraibano, conforme o presidente da Faepa, seria comprar milho direto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira, irá vender a saca aos produtores nordestinos por R$ 18,10, com o limite de três toneladas por produtor por mês.

Mesmo assim, Borba diz que a quantia não soluciona a situação do produtor. “Em alguns casos, três toneladas de milho não resolvem. O Governo Federal deveria liberar uma quantidade maior. Isto é uma mesquinhez”, argumentou.

Já o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, diz que uma portaria que prevê o limite de compra mensal de 27 toneladas por produtor aguarda a publicação. “Estamos aguardando a publicação no Diário Oficial”, afirmou.