benefício

24/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Para alguns animais, sua maior ameaça vem de sua própria espécie

O infanticídio pode ser um instrumento eficiente para a sobrevivência de determinadas espécies de animais, indicam um crescente número de estudos.

A ideia é chocante do ponto de vista humano, mas a realidade é que para muitos filhotes de animais, a maior ameaça à sua sobrevivência vem de sua própria espécie.

– Não é como um ato de predação, que é silencioso – disse o especialista em leões Craig Packer, da University of Minnesota, em Falcon Heights, Estados Unidos.

– Durante o infanticídio há rugidos, é violento e muito perturbador – ele diz, descrevendo como leões adultos matam filhotes.

– Eles mordem (os filhotes) atrás da cabeça e na nuca, esmagando seus abdomens.

O infanticídio tende a ser pouco estudado enquanto recurso para garantir a sobrevivência dos mais fortes em uma determinada espécie. Entretanto, há registros de que ele acontece entre roedores e primatas, peixes, insetos e anfíbios.

Vantagens múltiplas

Segundo estudos, o infanticídio pode trazer benefícios às espécies animais que o cometem, como maiores oportunidades para que o infanticida se reproduza e mesmo alimentação (quando o infanticida come o filhote morto). Matar um filhote é também uma maneira de evitar que seus pais tenham que investir energia para cuidar da cria.

O infanticídio é com frequência cometido por machos adultos.

Normalmente, a proteção que um filhote recebe do pai cumpre um papel importante em assegurar a sobrevivência do bebê. Mas quando novos machos entram em cena, tudo pode mudar.

Os machos recém-chegados tendem a derrubar os machos pais de suas posições no topo da hierarquia do grupo. Se eles conseguem ferir, expulsar ou até matar um macho que ocupava uma posição dominante no grupo, tomando o seu lugar, os filhotes do antigo líder passam a correr grande risco.

Isso acontece porque machos recém-chegados com frequência têm apenas um objetivo: ter seus próprios filhotes com a mãe.

Em sociedades de leões, por exemplo, matar filhotes faz com que suas mães voltem a ficar férteis mais rápido, aumentando a chance de que os novos machos se reproduzam.

E se não matam filhotes alheios, correm o risco de que os filhotes do antigo líder cresçam e deem o seu próprio golpe.

Estratégia feminina

Mas o infanticídio não é cometido apenas por animais machos. Fêmeas também o praticam, disse o zoólogo Tim Clutton-Brock, da University of Cambridge, na Inglaterra.

– Fêmeas matam os filhotes umas das outras com a mesma prontidão – ele disse.

Ratas matam as crias de outras fêmeas para se alimentar e se apoderam dos ninhos para criar seus próprios filhotes. Ratas também matam sua própria cria se os filhotes têm deformidades ou ferimentos. Isso permite que elas concentrem seus recursos em outros filhotes.

O infanticídio também pode aumentar o sucesso reprodutivo de um animal, reduzindo a competição para os filhotes do infanticida. Besouros fêmeas matam as larvas de suas rivais para assegurar que suas próprias larvas sobrevivam.

Esse comportamento foi observado também em mais de 40 espécies de primatas, mas em muitas dessas espécies as fêmeas usam estratégias para reduzir os riscos de que ele ocorra – segundo um estudo publicado na revista científica Journal of Theoretical Biology.

A saída utilizada por essas fêmeas é o acasalamento com parceiros múltiplos para gerar o que os especialistas chamaram de “confusão de paternidade”. Ou seja, os machos não sabem quem é o o pai do filhote.

Isso dá aos filhotes maiores chances de sobreviver quando novos machos tentam se integrar no grupo.

– Em um grupo com múltiplos machos, em primatas como os babuínos, se dois machos se acasalam com a mesma fêmea e nenhum sabe quem é o pai do filhote, isso reduz o risco de infanticídio – disse Clutton-Brock.

Suricatos

Quando há mudanças na hierarquia de dominância, “o infanticídio ocorre apenas quando a chance de o assassino ser o pai do próximo filhote é alta”, disse o estudo.

Os suricatos (mamíferos pequenos e altamente sociáveis que habitam regiões inóspitas) se reproduzem de forma cooperativa, ou seja, se um macho alfa e uma fêmea alfa se reproduzem, outros integrantes do grupo em posições de subordinação ajudam a criar os filhotes do casal alfa.

Fêmeas dominantes matam filhotes de subordinados e os próprios subordinados, se tiverem cria própria, podem também matar o filhote de uma fêmea dominante.

Suricatos machos, no entanto, não sujam suas patas com o sangue de filhotes.

Clutton-Brock explicou: “Suricatos machos não apresentam (comportamento) infanticida porque assim que (as fêmeas) têm filhotes, ficam prontas para se acasalar novamente. Então, matar crianças não interessa aos machos”.

Uma situação que contrasta bastante com a dos leões, onde as fêmeas passam quase 18 meses amamentando após o nascimento dos filhotes.

Sabe-se que machos nômades, ou coalizões de machos competindo pelo controle de matilhas, matam filhotes com o objetivo de fazer com que a mãe volte a ficar fértil. Desta forma, podem se reproduzir com ela.

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Tecnologia Comunique-se Banco do Brasil libera R$ 690,1 mi até maio para Programa ABC 23-05-2012 12:15 – Portal do Agronegócio

O Banco do Brasil (BB) liberou R$ 690,1 milhões na temporada 2011-12, até maio, para o Programa ABC ? Agricultura de Baixo Carbono -, atendendo 2.202 operações

Mecânica de Comunicação O BB responde por 80,2% dos recursos liberados até o momento pelo programa, que tem como objetivo financiar a recuperação de áreas e pastagens degradadas; a implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária, de plantio direto na palha, de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), de florestas comerciais e de planos de manejo florestal sustentável; e a adequação ou regularização das propriedades rurais ante a legislação ambiental.

A informação foi repassada pelo vice-presidente de Agronegócio da instituição, Osmar Dias, durante o Fórum ABAG-Cocamar – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, realizado na sexta-feira (18), em Maringá (PR), durante a 40ª edição da Expoingá. Considerando que o Programa ABC destinou R$ 3,15 bilhões aos produtores, a demanda pelos recursos ainda é pequena.

O ABC é a ferramenta encontrada pelo governo para incentivar as práticas conservacionistas, para cumprir com o acordo de reduzir 33,1% das emissões de gás carbônico até 2020. Entre as metas estabelecidas pelo programa estão a expansão da área de plantio direto brasileira de 25 milhões para 33 milhões de hectares; a recuperação de 15 milhões de hectares de áreas degradadas; o aumento em 4 milhões de hectares do sistema de ILPF e o plantio de 6 milhões a 9 milhões de florestas comerciais.

“Governo, sociedade e principalmente o agricultor terão que garantir o cumprimento destas metas”, ressaltou Dias. O ex-senador frisou que, na posição de vice-presidente de Agronegócio da principal instituição financiadora do agronegócio brasileiro, uma de suas funções é incentivar os produtores a investirem na expansão da agricultura, adotando as práticas de conservação e garantindo a sustentabilidade. As projeções de oferta e demanda mundial por alimentos são o principal aliado de Dias nesta empreitada.

Números da FAO – Agência para Alimentação das Nações Unidas – indicam que nos próximos 10 anos a oferta mundial de alimentos terá que crescer 20%. O Brasil terá que contribuir com 40% desta expansão. “Temos 101 milhões de hectares com área degradada e um grande potencial de crescimento na produção de carnes e grãos, utilizando tecnologia”, indicou.

ILPF

Dentro deste contexto de aumento na população mundial, expansão da urbanização global e crescimento na renda de países populosos, como a China e a Índia, o consumo tende a aumentar. No setor de carnes, por exemplo, a perspectiva é de que, entre 1990 e 2020, o consumo cresça 110% no Brasil, 182% na China e 31% no Mundo. Além de uma maior oferta, a produção terá que acontecer de forma sustentável.

Este cenário justifica a adoção de práticas como a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Além dos recursos disponibilizados pelo Plano Safra, outras medidas estão sendo adotadas para expandir a utilização da ILPF. Durante o Fórum, foi ressaltada a Rede de Fomento, um conjunto de instituições dispostas a dar apoio financeiro ou tecnológico à prática. Entre os envolvidos, estão a cooperativa Cocamar, de Maringá, a Embrapa e empresas como a John Deere e a Syngenta. A estes, deverão ser associadas instituições de crédito, governo, universidades, entre outros.

No Arenito Caiuá, no noroeste do Paraná, território formado por 107 municípios em uma área de 3,2 milhões de hectares e com solo arenoso e suscetível à degradação, há um grande espaço para a intensificação da ILPF. São 2 milhões de hectares de pastagens, dos quais 80% em degradação. Nesta região, a Cocamar tem projetos em desenvolvimento em 2012 envolvendo 41 produtores, em 12 unidades, abrangendo 20,541 mil hectares, sendo 3,555 hectares de área de lavouras de grãos.

Os resultados não demoraram a aparecer. Na Fazenda Santa Felicidade, no município de Maria Helena, a produtividade da soja, em um ano de forte estiagem, com 35 dias sem chuvas, ficou em 2.230 quilos por hectare, considerada boa pelas características do solo. Na Fazenda Três Irmãos, em Iporã, o rendimento impressionou ainda mais, batendo em 2.680 quilos por hectare.

“A Integração está quebrando paradigmas na região, como o do arenito só ser adequado para cana, mandioca e gado e de que a recuperação do solo é cara e ineficiente. Apostamos na soja e estamos tendo resultados expressivos”, comemora o produtor Antonio Cesar Pacheco Formiguieri, proprietário da Fazenda Santa Felicidade. “A ILPF é garantia de sucesso na recuperação do solo, é a forma mais inteligente”, diz, acrescentando que ainda há muito que avançar nesta direção na região.

Tecnologia Comunique-se Cotiporã trabalha para a produção de alimentos orgânicos 23-05-2012 12:14 – Rádio São Francisco Sat

Mário Valdir Vivan Parceria de várias entidades possibilita orientação aos agricultores

Orientações a agricultores. Foto Divulgação A Secretaria Municipal da Agricultura, Meio Ambiente Indústria e Comércio de Cotiporã em parceria com a Cooperativa de Sucos Monte Vêneto, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Emater e o Centro Ecológico de Ipê, realizaram recentemente uma importante reunião sobre manejos de solos e nutrição de parreirais. Esse curso faz parte do convênio firmado entre a Prefeitura e o Centro Ecológico de Ipê, que tem por objetivo trabalhar com produção de alimentos orgânicos no município. O próximo curso terá como tema fabricação de compostos orgânicos.