Gripe

15/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:49am

O Parque da Granja do Torto está interditado depois de identificada a contaminação de cavalos pela influenza equina. A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal percebeu que a doença se alastrou cerca de três dias depois da última exposição agropecuária realizada no local, que terminou em 21 de abril. O tempo de incubação do vírus é exatamente de um a três dias, o que levou os veterinários da secretaria a associarem o surto ao evento. A doença não representa perigo algum ao ser humano.

Todos os sintomas apresentados pelos animais são compatíveis com as características da doença. Falta apenas a confirmação por meio do exame laboratorial. "Na exposição vieram animais de todo o país e existem estados que estão lidando com surtos da influenza. Os cavalos têm muitas doenças respiratórias, então não identificamos de primeira. Mas quando quase 100% dos animais que participaram do evento ficaram doentes, o que é muito característico", conta o gerente de Sanidade Animal, Bernardo Lafetá.

Granja fechada

Estima-se que cerca de 600 cavalos possam estar contaminados. Lafetá explica que não é possível saber com precisão o tamanho da população equina afetada. Muitos animais voltaram para os seus haras depois da exposição e podem ter transmitido o vírus. As propriedades que abrigam cavalos com os sintomas da doença devem mantê-los no local. Para transitar, os cavalos precisam ter uma Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que a secretaria não vai emitir até o próximo domingo. Já a Granja do Torto só deve ser reaberta no dia 1° de junho.

Os proprietários que tiveram de levar os animais de volta ao parque foram, segundo o gerente de Sanidade Animal, bastante compreensivos. "Os cavalos ficam bem debilitados, perdem a resistência e capacidade atlética e de trabalho, em provas equestres, por exemplo, e podem gerar uma queda econômica considerável", detalha Lafetá. Essa é uma doença de notificação obrigatória, ou seja, assim que perceber indícios, o proprietário deve informar a Secretaria de Agricultura, para que seja feita visita ao local e verificação da necessidade de interdição da propriedade.

O contágio do vírus se dá de forma rápida, por isso a grande preocupação com o contato de outros animais. Os sintomas são muito parecidos com os da gripe humana e incluem febre, tosse, fraqueza, coriza, além de apatia.

A doença pode ser fatal para cavalos que estejam em idade mais avançada ou para aqueles mais novos, sem a imunidade estabelecida. Para combater a enfermidade e impedir que o quadro evolua para uma pneumonia ou bronquite, o animal deve permanecer em repouso sem forçar atividades físicas, além de manter uma boa alimentação e aplicação de medicamentos. (AP)