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14/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:49am

Produtos como carnes de Aves e Suínos, milho e tabaco estão na mira do esforço exportador do governo brasileiro para conquistar novos mercados na China. Em 2011, o país asiático comprou do Brasil US$ 16,5 bilhões, dos quais U$ 10,9 bilhões corresponderam às vendas de soja. No primeiro trimestre deste ano, as exportações para a China somaram US$ 2,95 bilhões, alta de 84% sobre igual período do ano passado. A soja sozinha totalizou US$ 2,1 bilhões, diz Lino Colsera, diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O departamento pretende obter o sinal verde dos chineses para aumentar os embarques de carne de Aves e incluir na lista de produtos exportados a carne suína e o milho, além de ter como meta expandir a venda de tabaco. "Estamos estabelecendo um canal oficial com a China para abrir mercado e intensificar o volume de negócios", diz o diretor.

Em fevereiro passado, em um primeiro encontro com a Sub Comissão de Quarentena, Inspeção e Vigilância Brasil/China, o Brasil já havia sinalizado a intenção de abrir o leque de produtos para a China. "No final de março e início de abril, uma missão chinesa visitou 15 abatedouros de frango no Brasil. A comitiva também passou pelo Estado do Paraná com o objetivo de ver de perto das plantações de milho e dar a largada para a importação também desse produto", afirma. A China já fez, inclusive, a análise de risco de pragas. Hoje, o país exporta uma quantia "irrisória" de milho para aquele país, diz Colsera.

Hoje, 25 empresas da área avícola fornecem frangos para o mercado chinês. "A nosso objetivo é elevar para 47 empresas", explica o diretor. Com relação à carne suína, "três frigoríficos já exportam e queremos passar para oito", diz Colsera. Os embarques de carne suína começaram no início do ano passado, resultado da visita da presidente Dilma Rousseff à China em 2011. (RC)