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03/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:50am

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou nesta quarta-feira (2/5) para o fato de que a confirmação de casos de febre aftosa na Faixa de Gaza ressalta a importância de se evitar que o vírus se espalhe pela região e possivelmente chegue à Europa.

Um novo tipo da doença, que pode ser fatal e causar sérios prejuízos ao rebanho, foi encontrado no Egito e na Líbia em fevereiro. O novo vírus SAT2 se espalhou para a cidade de Rafah, em Gaza, perto da fronteira com o Egito, em abril.

"Se o SAT2 entrar no Oriente Médio, pode se espalhar, ameaçando os países do Golfo e até países do sul e do leste europeu, e, talvez, mais longe ainda", disse Juan Lubroth, veterinário-chefe e diretor do Serviço de Saúde Animal da FAO.

A instituição alertou que os estoques de vacinas para conter o avanço da aftosa continuam baixos e que a prioridade agora é limitar a movimentação dos animais para evitar a contaminação. O transporte de animais do Delta do Nilo para a Península do Sinai e para a Faixa de Gaza é considerado o mais arriscado para que a doença se alastre para toda a região do Oriente Médio.

A Faixa de Gaza receberá 20 mil doses iniciais de vacinas e, depois, mais 40 mil doses serão colocadas à disposição para ovinos e caprinos, informou a FAO.

Após os relatórios oficiais de surtos de febre aftosa no Egito, Israel vacinou rebanhos nas suas fronteiras do sul para proteger os animais com maior risco de contágio.