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10/02/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:00am

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, disse ontem que está otimista com a abertura de novos mercados e o aumento do volume de embarques, ainda em 2012, da carne brasileira
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, disse ontem que está otimista com a abertura de novos mercados e o aumento do volume de embarques, ainda em 2012, da carne brasileira. Ao lado de representantes dos segmentos cárneos, com quem se reuniu à tarde, afirmou que duas plantas frigoríficas devem ser habilitadas, em breve, para exportar à Rússia e citou que a China deve autorizar, neste ano, embarques de nove a dezesseis unidades produtoras de bovinos, além de mais 41 de aves.
Em relação à União Europeia, as expectativas do ministro não são menores. "Eles acham o nosso gado caro, mas o nosso gado é de qualidade e eles sabem disso. E eles só comem o nosso filé, só querem pasto. O nosso pasto, para eles, é extremamente importante, e o interesse de toda a União Europeia só deixa claro que a tendência é o Brasil ganhar mais mercado."
Presente na ocasião, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec), Antonio Camardelli, lembrou que houve, recentemente, a flexibilização da instrução 61, que devolve ao Brasil o direito de nomear as fazendas que podem exportar para a União Europeia.
Atualmente, o Brasil dispõe de dois mil estabelecimentos credenciados e um rebanho de 4,3 milhões de cabeças para as exportações destinadas ao bloco geopolítico. "Se trouxermos essa nova lista para o retrato do Sisbov [Sistema de Rastreabilidade Bovina] teremos o potencial de credenciar 29 mil propriedades com 26 milhões de cabeças", disse Camardelli.
Para chegar a esses números, contudo, não há prazo definido. O representante chamou a estimativa de "potencial de mercado". "É progressivo. O que a gente quer garantir é a perenidade. A flexibilização [da Instrução 61] se traduz na possibilidade de um processo comercial tranquilo", afirmou.
China, maior importador
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta semana o resultado da balança comercial do agronegócio brasileiro. Apurados em janeiro, os números mostram que a China continua a ser o principal parceiro econômico do País no setor agropecuário. Foram exportados US$ 388,8 milhões ao país asiático, no primeiro mês do ano, com participação de mercado de 8%.