Vacina

09/02/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:00am

O Governo do Estado de São Paulo lançou, ontem, a nova tecnologia de vacina recombinante para combater a laringotraqueíte das aves (LTI). No Município de Bastos, a LTI encontra-se controlada desde 2004 com a utilização de vacinas produzidas com vírus vivo atenuado. A nova vacina, do tipo recombinante, tem a vantagem de não difundir o vírus vacinal e marca o começo da etapa de erradicação da doença, com a consequente alteração na legislação sanitária estadual, o que permite, de forma gradativa, o trânsito das aves para fora do Bolsão de Bastos, interditado desde o ano de 2003.

O desenvolvimento da vacina é importante para o município, que é o maior produtor de ovos do País inteiro. São 20 milhões de aves no plantel e a produção chega à 11,9 milhões de ovos por dia. A laringotraqueíte infecciosa das aves é uma doença respiratória causada por um herpevírus, além de ter uma distribuição geográfica cosmopolita e suas ocorrências são frequentemente relatadas em áreas de grande concentração avícola. Foi investido cerca de R$ 1,4 milhão nas melhorias pelo programa Pró-Vicinais.

A doença foi notificada pela primeira vez em 2002, em aves de postura de ovos comerciais na região de Bastos. Em 2009, também foi detectada a disseminação da doença na cidade de Guatapará. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), desenvolveu e implantou um programa baseado nos conceitos de epidemiologia, que consiste na aplicação de medidas compulsórias de biosseguridade, associadas a um programa oficial de vacinação.

A SAA dispõe de uma estrutura laboratorial, o Instituto Biológico de Bastos, para o diagnóstico e monitoramento sanitário da LTI e, por solicitação da CDA, o Ministério da Agricultura autorizou a importação de vacinas do tipo recombinante. Coube ao estado, em 2003, fazer o monitoramento sanitário, com vacinação assistida e fiscalização. Atualmente, a Secretaria determina a nova vacina e continua o trabalho de monitoramento e fiscalização, dando início à fase de erradicação da doença.

O governo do estado investiu, nos últimos quatro anos, cerca de R$ 620 mil em sanidade avícola. Os investimentos gerais do Estado para a área de pesquisa na Secretaria de Agricultura somam cerca de R$ 51 milhões.