Erradicação

03/01/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:01am

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que o Paraná deve pleitear até 2013 o reconhecimento internacional do Estado como área livre da febre aftosa, sem vacinação. “A erradicação desse tipo de doença significa possibilidades comerciais ampliadas e os agricultores sabem muito bem disso”, afirmou o secretário, lembrando que os pecuaristas paranaenses estão engajados no processo de defesa sanitária.

Ortigara adiantou que uma nova campanha de vacinação deverá ocorrer em maio deste ano. Depois disso, a condição da sanidade animal será avaliada periodicamente por técnicos estaduais. O passo seguinte será solicitar ao Ministério da Agricultura uma auditoria da condição sanitária do Estado. “Quem sabe em 2013 a Organização Mundial de Saúde Animal reconheça a nossa condição e declare ao mundo que somos confiáveis”, afirmou.

De acordo com Ortigara, a área de sanidade animal teve diversos avanços ao longo do primeiro ano do governo Beto Richa. Ele destacou a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), para dar mais vigor ao trabalho que vem sendo feito, a contratação de novos profissionais e o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Sanidade como instrumentos fundamentais para tornar o Paraná exemplo em saúde animal.

O secretário afirmou que o reconhecimento internacional abre novas possibilidades de negócios para os produtores paranaenses. “Podemos ampliar enormemente o faturamento do agronegócio, a geração de divisas para o Estado e as oportunidades de emprego e renda no campo”, disse Ortigara.

DESEMPENHO AGRÍCOLA – Ele lembrou que o setor agrícola do Paraná fechou 2011 com bons resultados, apesar dos percalços causados pelas geadas do meio do ano e problemas no setor de feijão. “Do ponto de vista do desempenho, 2011 pode ser considerado um ano bom”, disse. A safra 2010/2011 confirmou novamente o Paraná como o maior produtor de grãos do país, segundo o IBGE.

Segundo o instituto, foram colhidas 31,8 milhões de toneladas de grãos no território paranaense, o que representa 20,6%, de tudo o que foi produzido no Brasil. “Devemos fechar as contas do ano passado com R$ 75 bilhões de superávit da balança comercial do agronegócio no país. Aqui no Paraná esse superávit ficará acima de R$ 10 bilhões”, completou.

Ainda sobre o ano que passou, o secretário fez um balanço da atuação da secretaria e ressaltou que o início de um governo sempre é um período de desafios e de reconhecimento e estabelecimento de prioridades. “Conseguimos avançar com base no diálogo e boas parcerias com os agricultores paranaenses e suas entidades representativas”, disse. Uma das iniciativas foi a criação do Fórum dos Promotores do Desenvolvimento do Agronegócio Paranaense, envolvendo governo e iniciativa privada;

“Percorrendo o Estado, sempre recebemos palavras de apoio e demonstrações de confiança no trabalho”, afirmou o secretário, que é servidor da Secretaria da Agricultura e Abastecimento há 30 anos. “Nossa equipe estará sempre perto do produtor, trabalhar em conjunto e tornar reais, com o apoio dos servidores da secretaria, os compromissos assumidos”.

DESTAQUES – Além de destacar a criação da Adapar, Ortigara também considerou como avanços significativos os processos de reposição de pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), como forma de recolocar a pesquisa agrícola na vanguarda e na geração de soluções para a agricultura, de profissionais da Emater.

No balanço de 20011, Norberto Ortigara lembrou dos programas que foram mantidos pela atual gestão, como Leite das Crianças, Trator Solidário e o Fundo de Aval.

Destacou a presença do Estado na subvenção ao Seguro Rural, o trabalho de readequação de estradas e a retomada do Programa de Distribuição de Calcário, este para correção de acidez do solo, que é bem aceito no campo.

O secretário disse que em 2012 o governo estadual prosseguirá contribuindo para o aumento da renda do produtor rural, com sustentabilidade, propiciando melhoria da qualidade de vida e segurança alimentar e nutricional das famílias do campo e das cidades. Segundo ele, o programa Pró-Rural será fundamental para desenvolver projetos para ajudar a promover a produção de pequenos agricultores e reduzir desigualdades sociais. “São R$ 130 milhões que estimularão a economia de 131 municípios em oito microrregiões paranaenses com baixo IDH”.

Ortigara lembrou ainda que no fim de 2011, o governador Beto Richa autorizou um investimento de R$ 72 milhões na locação de 30 patrulhas para melhorar a trafegabilidade de estradas rurais, por um período de 12 meses. A concorrência dará início a um programa que prevê a contratação de 60 patrulhas até 2014, atendendo todo o Estado. O objetivo é criar melhores condições de vida para os agricultores e facilitar o escoamento da produção paranaense.

Ele reforçou a importância da articulação com os produtores rurais. “A presença física faz entender os problemas, compreender as angústias de cada local e região. Permite o discernimento do que é urgente, emergencial, do que é importante e do que pode esperar um pouco. A presença no campo significa que o governo está presente, e é isso que pretendemos continuar fazendo nesse novo ano”, acrescentou Ortigara.