Defesa

07/10/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am

Segundo ação, foi constatado que cachorros sofriam maus-tratos em casa localizada na periferia de Ribeirão
ONG de defesa animal afirma que canil tem 300 cães vigiando obras; dono não foi localizado pela políciA Delegacia de Proteção aos Animais e a Vigilância Sanitária de Ribeirão Preto lacraram ontem um canil que alugava cachorros para empresas da construção civil depois de constatar maus-tratos aos animais.
De acordo com a Polícia Civil, o canil, localizado na Vila Carvalho, não possui alvará de funcionamento e mantinha 20 cachorros de grande porte em condições precárias, sem comida e água -quatro deles estão doentes.
Entre as irregularidades, estão abrigos inadequados e falta de cuidados básicos com a alimentação e no armazenamento de alimentos e produtos veterinários.
O proprietário do estabelecimento, Júlio César Rocha Fernandes, não estava no local no momento da blitz. Ele será denunciado por maus-tratos aos animais.
O canil irregular era investigado desde o dia 20 de setembro, quando um rotweiller que pertence ao canil fugiu de uma obra e foi encontrado por vizinhos do bairro com fome e sede.
De acordo com Viviane Alexandre, advogada da AVA (Associação Vida Animal), há a suspeita de que Fernandes tenha pelo menos 300 cães alugados em obras da construção civil de Ribeirão.
Na manhã de hoje, representantes da AVA se reunirão com o delegado Marcos César Borges para definir o destinos dos animais. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Fernandes. Na casa lacrada, não havia ninguém.

MINISTÉRIO PÚBLICO
A Promotoria de Ribeirão iniciou uma investigação em julho, depois de representação feita pela AVA, para apurar a existência de aluguel irregular de cães para obras.
José Batista Ferreira, diretor regional do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), afirmou que está tomando conhecimento de cães usados em obras em Ribeirão como "complemento da segurança". "Essa prática é usada em construções menores". Ele disse desconhecer o uso de cães em obras das 60 empresas associadas.