Ninhos
19/08/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:06am
Técnicos e pesquisadores de Mato Grosso que fazem o monitoramento nos ninhos das aves do Pantanal mato-grossense já observam novos ninhos. As áreas mapeadas desde 2006 abrigam colônias de reprodução de várias espécies de aves aquáticas.
Segundo Marcos Roberto Ferramosca, analista de meio ambiente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o trabalho de mapeamento é feito nos períodos de cheia e seca do Pantanal.
As áreas de monitoramento são consideradas por especialistas, um local preferencial para seis espécies de aves e os ninhos monitorados ficam nos municípios de Poconé, Barão de Melgaço, Nossa Senhora do Livramento e Cáceres.
Ainda de acordo com o analista, o mapeamento tem foco no desenvolvimento do potencial turístico e na conservação do meio ambiente. “O objetivo desse trabalho é mapear as áreas de ocorrência de ninhais na região do Pantanal, identificando as atividades que possam estar comprometendo a reprodução das aves e a consequente conservação destas áreas”, ressaltou.
As colônias de construção dos ninhos das aves aquáticas em árvores, chamados de viveiros ou ninhais podem ser formados por espécies como: biguás, biguatingas e baguaris (ninhais pretos) ou por garças, colhereiros e cabeças-secas (ninhais brancos).
Em 2010, no período de cheia, foram localizados 41 ninhais, sendo registrados seis novos. No período de seca, foram registrados 42 ninhais e apenas um novo.
Já no primeiro semestre de 2011 os técnicos observaram maior ocorrência de aves se reproduzindo em relação aos anos anteriores, inclusive com o registro de mais sete novos ninhais.
Outro fenômeno observado foi a antecipação do período reprodutivo da garça-branca-grande. “Essa espécie costuma se reproduzir nos meses de junho e julho e até mesmo em maio, em alguns ninhais. Mas, este ano, observamos vários ninhais com garças já no início de abril”, finalizou Marcos.