Leite

25/07/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:09am

A cadeia produtiva do leite no Rio de Janeiro vai receber cerca de R$ 60 milhões do governo do estado. Os recursos são decorrentes de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, o investimento será destinado à modernização de cooperativas, associações de produtores e indústrias do setor. “O nosso objetivo é permitir a modernização da cadeia produtiva. Esperamos que com os recursos, os produtores possam comprar equipamentos para ordenha e inseminação artificial, tanques de resfriamento, entre outras aquisições que garantam a melhoria das condições de vida no meio rural”, disse. “É um incentivo para que ele também aumente sua produtividade, usando menos os recursos naturais, como a água e o solo, e ampliando a sustentabilidade do setor”.

Segundo o secretário, a medida faz parte de um programa de incentivos do governo para aumentar a produção leiteira no estado e alcançar, até 2015, a marca de um bilhão de litros de leite por ano. Atualmente, são produzidos cerca de 600 milhões de litros por ano, principalmente na região noroeste do estado.

“Estamos investindo para que o Rio de Janeiro volte a ocupar uma posição entre os dez maiores produtores de leite do país. Atualmente, o estado aparece na 17ª posição e conta com 22 mil produtores. Esperamos que até 2015 tenham sido criados mais 10 mil empregos no campo”, disse.

Para o presidente da Federação de Agricultura do estado, Rodolfo Tavares, o incentivo vai ajudar a impulsionar o setor. “A produção no estado só atende cerca de 25% da demanda do mercado fluminense, o que comprova que ainda temos muito espaço para crescer. Com a capitalização das cooperativas e associações de produtores rurais será possível ampliar essa marca.”

Já a pequena pecuarista Penha Tavares, presidente de uma associação de produtores em Cambuci, no noroeste do estado, disse que o maior problema enfrentado pelos proprietários rurais é o preço pago a eles pelas indústrias do setor. Penha comercializa a produção de sua propriedade, estimada em 250 mil litros de leite mensais, por R$ 0,75 o litro.

“Tudo sobe, menos o valor que recebemos pela nossa produção. É muito caro manter a propriedade porque temos que pagar os funcionários, comprar ração e outros insumos e o que sobra de lucro para o produtor é muito pouco”, disse.