China

30/03/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:20am

China foca em lácteos em campanha de segurança alimentar

A China divulgou seu plano anual de trabalho para aumentar a segurança alimentar em 2011, à medida que mais escândalos de segurança alimentar foram divulgados pela mídia e geraram preocupações no público. O plano foi introduzido pelo Serviço Geral do Conselho Estadual.

De acordo com o plano, a China irá mirar especificamente nos produtos lácteos e carnes. O plano pretende garantir a segurança alimentar naquelas categorias chave aumentando os critérios para entrada no mercado, remoção gradual de produtores não qualificados e introdução de um mecanismo de rastreabilidade baseado em informações e de um sistema de créditos nessas indústrias.

Para a indústria de lácteos, o plano requer o estabelecimento de uma base de dados nacional unificada de processadores de produtos lácteos e um sistema para verificar os documentos relevantes. O plano enfatizou o requerimento de um sistema de registro para registrar todas as compras de melamina, um aditivo alimentar proibido que causou escândalos na indústria de lácteos da China desde 2008. A distribuição de produtos lácteos contendo melamina matou pelo menos seis bebês e deixou 300.000 crianças doentes no país.

O vice-ministro da Saúde da China, Chen Xiaohong, disse que em fevereiro de 2011, o país descobriu 2.334 toneladas de leite em pó "problemático" e que as duas pessoas envolvidas no escândalo foram enviadas a prisão perpétua.

Esse é o terceiro plano de trabalho anual para segurança alimentar feito pelo Governo chinês que mostra que o Governo central do país está dando grande importância à segurança alimentar.

O anúncio feito também recordou a emenda feita em fevereiro à Lei Criminal do país, que impõe fortes punições aos que cometem crimes de segurança alimentar. A lei, pela primeira vez, estipula que os criminosos podem enfrentar pena de morte por cometer crimes alimentares resultando em morte ou outras severas consequências.